Por Dimas Marques
Os exemplos de reality shows que temos na televisão brasileira atualmente não são dignos de crítica – o que por si só já é uma crítica. Dessa forma, não vou gastar o meu tempo, e o seu, em comentários que seriam repetitivos.
Apesar de os reality shows serem a piada que são, tenho esperanças que um fuja à regra: o Resgate Animal.
“É uma série para TV que conta as dramáticas histórias de animais silvestres ameaçados pelo avanço das cidades sobre as florestas, seus antigos habitats. Com a ajuda de profissionais especializados na captura, tratamento e re-introdução desses animais na natureza, eles ganham uma segunda chance para viver, mesmo que em um ambiente em constante transformação.
Nas últimas décadas, diversas regiões próximas de grandes centros urbanos, passaram por intenso processo de conurbação, tendo como resultado enormes áreas metropolitanas, ligadas por movimentadas rodovias, cercadas por áreas de plantio e aglomerados industriais, além de inúmeros novos bairros, com nítido crescimento dos condomínios fechados e seus muros altos.
É nesse contexto de expansão das zonas urbanas sobre as florestas – e no coração de uma das regiões mais densamente povoadas do planeta – que surgem as histórias narradas nos episódios da série Resgate Animal.” – texto da Grifa filmes.
A série é uma co-produção da Grifa Filmes e da Gullane, com direção de Eduardo Rajabally e roteiro de Danilo Gullane. O trabalho é uma ótima oportunidade para abordar as dificuldades de quem se dispõe a trabalhar com animais silvestres vítimas do tráfico, atropelados, queimados em canaviais, machucados pelo contato com a rede elétrica ou simplesmente apreendidos em áreas urbanas. Seja esse alguém de ONGs ou do setor público.
Entre as entidades que serão acompanhadas estão a Associação Mata Ciliar e o Projeto Mucky, ambas do interior do estado de São Paulo, além do Centro de Recepção de Animais Silvestres (Cras) do Parque Ecológico do Tietê (administrado pelo departamento de Águas e Energia Elétrica do estado de São Paulo) e a Divisão Técnica de Medicina Veterinária e Manejo da Fauna Silvestre (DEPAVE 3) da prefeitura de São Paulo (nas suas bases do Parque Ibirapuera e do Parque Anhaguera).
O canal de exibição ainda não foi definido.
Fonte: Fauna News