Até poucas décadas atrás, os cães eram vistos principalmente como animais de trabalho, responsáveis por proteger casas, pastorear gado ou caçar pragas.
Hoje, a companhia e o afeto ocupam lugar central na vida dos tutores, mudando como os animais se comportam e até como são criados.
Essa transformação, apontam os cientistas, está ligada ao aumento da ocitocina, conhecida como o “hormônio do amor”.
Ela é responsável por estimular o vínculo social entre cães e humanos, fazendo com que os animais busquem mais contato com seus tutores.
Esse é o tema de pesquisa do estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Linköping, na Suécia.
A terceira onda da domesticação
Conforme os especialistas Brian Hare e Vanessa Woods, autores de diversos estudos sobre comportamento animal, essa mudança representa uma “terceira onda de domesticação”.
A primeira teria ocorrido quando os lobos começaram a viver próximos aos humanos; a segunda, quando os cães se tornaram animais de trabalho; e agora, a terceira, marcada pela vida em lares urbanos e rotinas mais tranquilas.
Segundo os estudiosos, cães de serviço — como os que auxiliam pessoas com deficiência — são exemplos de animais altamente adaptados ao século XXI.
Além de obedientes, eles conseguem manter a calma, demonstrar afeto e até interagir com estranhos sem hostilidade, características cada vez mais valorizadas pelos tutores.
Fonte: O Povo