No dia 6 de maio, um cão, de raça caniche, de uma moradora na rua Abel Salazar, situada atrás do Hospital de S. Bernardo, em Portugal, deitou-se, como sempre faz, em cima das ervas, junto ao moinho. Os donos, despreocupados, deixaram-no andar à vontade.
Passado algum tempo, já em casa, a dona, Maria Fernanda Pacheco, reparou que a pele da barriga do animal estava em carne viva. Só mais tarde soube por alguém que tinha visto “uns senhores com uma mangueira e um trator”, que a rua havia sido pulverizada com aquilo que a moradora crê ser “um veneno para matar ervas daninhas”. Indignada, ela diz que “não houve qualquer aviso. Nem papéis nas árvores, nem fitas, nem nada!”.
O cão de sete anos de idade foi transportado de imediato para uma clínica veterinária, onde foi submetido a uma cirurgia. Apesar de já terem passado cerca de duas semanas, o animal ainda apresenta graves lesões e, segundo Fernanda Pacheco, possivelmente terá que ser novamente operado. Ainda de acordo com a “dona” do cão, o veterinário terá ficado surpreendido com os ferimentos, dado que, “esses produtos podem causar reações alérgicas, mas não com tanta gravidade”, o que, para a moradora significa que “puseram um produto demasiado forte”.
Segundo ela, houve ainda dois cães abandonados, frequentadores daquela área, que acabaram por falecer, o que, para Fernanda Pacheco, está relacionado com a pulverização de dia 6 de maio. “Foi um trabalho de gente irresponsável”, afirmou, acrescentando que, “se fizessem como antigamente, e pegassem no sachinho para arrancar as ervas, não haveria esses problemas e nem se contaminariam os solos”. “Quero apenas alertar para a gravidade desta situação e apurar responsabilidades porque, desta vez foram cães, mas podiam ter sido crianças…”, concluiu.
(Com informações do Setubalense)