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Pulmão artificial vai substituir animais em testes de medicamentos

1 de março de 2013
2 min. de leitura
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Foto: Wyss Institute/Harvard University

Um “pulmão em um chip”, apresentado por cientistas norte-americanos em Novembro passado, acaba de receber reconhecimento internacional pelo seu potencial para substituir os experimentos de medicamentos em animais.

O pulmão artificial, do tamanho de um pendrive, foi criado pela equipe do professor Donald Ingber, da Universidade de Harvard (EUA).

Nesta semana, ele recebeu o Prêmio 3RS, concedido por uma entidade internacional, com sede no Reino Unido, voltada para reduzir o uso de animais em experimento de remédios para uso humano.

O prêmio reconhece e auxilia a adoção dos avanços científicos e desenvolvimentos tecnológicos mais promissores para substituir, reduzir ou aperfeiçoar a utilização de animais em pesquisas e testes de novos medicamentos e cosméticos.

Pulmão em um chip

O pulmão artificial replica com precisão as condições de um pulmão humano, em condições saudáveis ou com condições patológicas específicas.

O biochip contém canais ocos recobertos com células humanas, imitando tanto a interface entre os tecidos quanto o ambiente físico único encontrado em um pulmão real.

A aplicação de vácuo em sua entrada permite que ele “respire”, recriando o modo pelo qual os tecidos fisicamente se expandem e contraem durante a respiração.

Alternativa aos modelos animais

Nos primeiros testes, o aparelho foi capaz de reproduzir as condições observadas no edema pulmonar (acúmulo de líquido nos pulmões), e prever os resultados de um novo medicamento para esta condição que é fatal.

Além disso, o biochip já está permitindo aos pesquisadores obter imagens das células em funcionamento, com alta resolução e em tempo real, além de fazer medições precisas do fluxo de fluidos e a formação de coágulos de sangue.

Nada disso pode ser feito facilmente usando cobaias.

“Esse é exatamente o tipo de progresso que as agências reguladoras do governo, como a FDA (Food and Drug Administration) nos EUA, e as empresas farmacêuticas precisam ver a fim de considerar seriamente uma abordagem alternativa aos modelos animais,” disse o professor Ingber.

Fonte: Diário da Saúde

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