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COMPAIXÃO

Publicitária faz apelo para conseguir tratamento para gato com doença grave em Santos (SP)

28 de janeiro de 2024
3 min. de leitura
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Foto: Arquivo Pessoal

A publicitária de Santos Ágatha Ferreira não dispensa uma xícara de café. Pois, desde o início deste mês, ela vem “tomando doses” cada vez maiores, sempre regadas com amor e preocupação. Café foi o nome com que ela batizou um pequeno felino, que estava muito ferido, assustado e não conseguia abrir os olhos. Ele foi resgatado no bairro da Aparecida.

Café se recupera no Instituto Miaumigos do Nino, espaço em São Paulo destinado a salvar gatos com esporotricose. Por lá, iniciou o tratamento com antifúngicos para tratar a doença, espécie de micose subcutânea causada pelo fungo do gênero Sporothrix, que habita na natureza e está presente no solo, palha, vegetais, espinhos e madeira. A doença pode afetar tanto humanos quanto animais, principalmente os gatos, que representam mais de 50% dos casos.

“Quando eu vi uma amiga, que foi a primeira a se deparar com o Café na rua, e fez uns stories postando ajuda, numa sexta-feira à noite, mexeu demais comigo. Ver aquele gato naquela condição, porque eu imaginei o tamanho do sofrimento que aquele animal estava sentindo. Literalmente apodrecendo em vida, porque é isso que faz essa doença”, conta Ágatha.

A preocupação com Café, entretanto, colocou a publicitária em uma situação delicada. Logo após os primeiros atendimentos serem realizados, ela foi notificada que havia se tornado a única responsável legal pelo animal, assumindo todas as despesas em uma primeira internação. E, caso o abandonasse, responderia criminalmente por abandono.

“Tive que batizar o gato, porque não tinha nome. Então entendi a questão em que eu fui inserida. Mas não me arrependi em momento algum, porque eu estava muito feliz de saber que ele seria tratado, independente das dificuldades que eu encontraria dali pra frente. Apenas com internação, se ele ficasse um mês no hospital, seriam R$ 8.400 – custava R$ 280 a diária. Então, realmente, foi uma situação que me chocou”, explica.

Campanha

Surpresa com a notícia e consciente das dificuldades que iria enfrentar, Ágatha Ferreira recorreu às redes sociais, lançando a campanha com a hashtag #NaoDeixeOCafeEsfriar para arrecadar valores que serão usados no tratamento. Quem puder colaborar basta fazer um PIX para [email protected] ou acessar o link da Vakinha Virtual do perfil do instituto, que atende também outros animais.

Diariamente, através das redes sociais, Ágatha compartilha o estado de saúde de Café. Além disso, ela criou uma aba de destaque na conta do Instagram, onde os usuários podem conferir todos os custos e boletins de saúde do animal.

“O resgate trouxe à tona algumas pautas, caso dos animais em situação de rua numa situação de vulnerabilidade que não tem um hospital público que possa cuidar desse tipo de animal de forma gratuita; das pessoas que fazem resgate que acabam sendo “ameaçadas” – me fizeram assinar um documento, porque abandono caracteriza maus-tratos; e a da doença, também perigosa para outros animais. Ainda bem que tive suporte para encaminhar a situação do Café da melhor forma”, sinaliza.

Fonte: A Tribuna

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