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Psiquiatra atira e mata sete vacas nos Estados Unidos

16 de setembro de 2013
4 min. de leitura
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(da Redação)

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Um homem de 57 anos de idade de La Grande (Oregon, EUA) é alvo de sete acusações de abuso animal qualificado e conduta criminosa em primeiro grau. De acordo com a reportagem da Care2, o motivo é “uma longa história”.

Reportagens locais contam que, no dia 15 de Agosto, a caminho de sua casa, o psiquiatra Joel Rice encontrou alguns bovinos bloqueando a sua passagem.

“Ele ficou terrivelmente irritado com aquilo”, disse o Capitão Craig Ward, da Delegacia do condado de Union ao La Grande Observer. O fato foi aparentemente mais um de uma série de eventos nos quais o gado fazia o seu caminho para a propriedade de Rice.

Desta vez o psiquiatra ficou “tão irritado” que pegou uma espingarda e atirou em sete vacas. Seis delas morreram na hora. Não foram divulgadas notícias sobre a sétima. Os corpos foram encontrados na propriedade de Rice.

Em La Grande, gado perdido a vagar pelas terras é “um problema recorrente”. É uma área tratada como um campo aberto. Segundo depoimentos, o próprio Dr. Rice esteve propondo a criação de um “distrito de gado” em La Grande devido ao problema dos animais soltos na região.

“Distrito de gado”

No Oregon, o que os fazendeiros legalmente podem fazer quando encontram bovinos vagando soltos em suas propriedades depende do fato da propriedade estar no que se considera um “campo aberto” ou um “distrito de gado”.

Em uma área de “campo aberto”, é permitido pela lei que o gado fique solto. Pessoas que vivem nestes locais são, portanto, responsáveis por proteger suas propriedades. Se elas não quiserem animais em suas propriedades, devem construir cercas ou ter barreiras naturais para impedir que o gado entre.

A Lei de Oregon define um “distrito de gado” como uma área onde os bovinos não podem ir a qualquer parte: o responsável pela propriedade deve manter os animais apenas dentro dos limites do seu terreno. Quando um animal é encontrado solto, quem o encontrou deve contatar o responsável pelo animal.

Nesse caso, tutores ou responsáveis por animais que falharem em obedecer à lei estão sujeitos a responder civil e criminalmente. Mas, como aponta a reportagem, “nenhuma dessas correções envolve execução sumária do animal”.

Animais indefesos e a agressão humana

Segundo opinião da Care2, o fato do psiquiatra ter atirado nos animais vem ilustrar a extensão das contradições das atitudes humanas.

“Se estas acusações forem reais, por que tirar a vida de inocentes animais? Por que matá-los?”, questiona o artigo. “É uma reação impressionante, e ainda mais surpreendente por partir de um profissional de saúde mental que deveria ter domínio das ferramentas para melhor canalizar esses impulsos agressivos”.

“É perturbador imaginar, do começo ao fim, como o evento inteiro pode ter se desenrolado. Assumindo que a arma não estava no carro, presume-se que o atirador entrou em sua casa para pegá-la, voltou ao local, mirou e atirou em sete vacas, uma por uma”.

Todo o episódio parece contradizer a informação que se tem a respeito do Dr. Rice. No site Blue Mountains Conservancy, ele é descrito como um “ambientalista apaixonado, comprometido em proteger as fazendas e o habitat selvagem do desenvolvimento”.

A reportagem termina dizendo que La Grande precisa rever as suas políticas com relação ao assunto, e os fazendeiros que se sentem lesados devem seguir os procedimentos legais quando precisam de ajuda. “Há um mundo louco lá fora e os animais não têm possibilidade de se defender desta loucura. Eles não precisam terminar mortos pelo caminho por causa de conflitos e regras humanas”.

Nota da Redação: Vivemos em um tempo de reconhecido descontrole emocional generalizado por parte das pessoas, e é assustador como os animais não-humanos têm sido vítimas de nós, esses seres desequilibrados e insanos. Mas, continuando o raciocínio do final da reportagem, os bovinos não precisariam sequer “estar ali”. Bovinos e animais criados para consumo humano são atingidos física e emocionalmente nas mais diversas formas. No final serão mortos, é o que se sabe, porém entre o nascimento e esse fatídico dia estão suscetíveis a inúmeras desgraças pelo simples fato de serem considerados objetos sem valor moral aos olhos humanos.

E, além dos que morrem doentes, deprimidos, agredidos, espancados dentro dos confinamentos das indústrias, há outras “modalidades”: os que morrem em acidentes de caminhão quando transportados ao matadouro, os que morrem atropelados, e essa notícia vem contar a história dos que morrem a tiros por estarem “no caminho de alguém”. Se quisermos nos estender em exemplos de outras situações nas quais os animais sofrem abusos antes de virar carne para alimentar humanos, a lista será inesgotável.

A única forma para que não haja mais animais não-humanos vitimados pela insanidade humana é pela adoção do veganismo por parte de todas as pessoas.  Enquanto houver animais sendo explorados para consumo humano em qualquer lugar do mundo,  todos os tipos de fatos cruéis continuarão ocorrendo.

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