O homem de 30 anos que teria adotado gatos para “experimentos” foi preso na noite desta terça-feira (25), em Ceilândia, no Distrito Federal. Ele estava na casa da mãe, segundo a Polícia Civil.
O homem foi indiciado 16 vezes por maus-tratos. A Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais pediu a prisão preventiva dele, no dia 14 de março. Ele atuava como psicólogo, mas teve o registro cassado pelo Conselho Regional de Psicologia (CRP-DF), conforme apurado pela TV Globo.
“O CRP 01/DF informa que a pessoa em questão não possui registro ativo na região, tendo cancelado sua inscrição junto a este Conselho no ano de 2023”, aponta o conselho em nota.
De acordo com a polícia, novos gatos foram encontrados com o suspeito, que ficou em silêncio no momento da prisão.
Ele foi levado para o Departamento de Polícia Especializada (DPE), onde aguarda a audiência de custódia, que deve ocorrer nessa quarta-feira (26).
O nome do suspeito não foi divulgado, no entanto, no currículo ele diz que “seu principal tema de interesse é em análise experimental do comportamento”. Conforme o Conselho Regional de Psicologia do DF, o homem cancelou sua inscrição em 2023.
Segundo a investigação, o morador do Gama selecionava gatos de pelagem tigrada e, “com discurso emotivo e protetivo”, convencia cuidadores a entregar os animais. Após a adoção, os animais “desapareciam”.
Em áudios obtidos pela polícia, o homem diz que teria feito “experimentos com os animais adotados”, o que pode ter resultado na morte de alguns deles.
“Em outro áudio, ele menciona ter passado por momentos de surto, nos quais teria abandonado dois dos gatos adotados”, diz a Polícia Civil.
Um dos animais que estavam com o suspeito foi encontrado com uma pata fraturada. O filhote foi regatado e se recupera de uma cirurgia, para depois ser encaminhado para adoção responsável.
Fonte: G1