Por Simone Gil Mondavi (da Redação – Argentina)
Nesta sexta-feira (08) foi realizada a Primeira Conferência de lei animal na província de San Juan no centro-oeste da Argentina, organizado pelo Centro para a Prevenção da Crueldade contra os Animais, onde foram debatidos vários tópicos, incluindo os danos que causam a pirotecnia aos animais. Em consequência, o bloco de oposição “Actuar” introduziu na Legislatura da localidade um projeto de lei para proibir o uso da pirotecnia devido aos danos causados aos cães, gatos e pássaros. As informações são do Diario de Cuyo.
Gerardo Biglia, da ONG, afirmou que um dos especialistas na conferência descreveu como o uso de fogos de artifício pode causar lesões e danos aos seres humanos assim como aos animais.
“Os efeitos nocivos gerados pela pirotecnia em animais são diversas, mas geralmente incluem taquicardia, tremores, falta de ar, náuseas, tonturas, perda de controle, medo e, em alguns casos, a morte “, adicionou Biglia.
O funcionário também disse que esse dano pode ser a suma de outras consequências que também afetam a saúde dos animais. Acrescentou que, antes das explosões, os cães muitas vezes tentam fugir incontrolavelmente e terminam sofrendo um acidente. Já os gatos geralmente correm atrás dos explosivos por curiosidade, e são expostos ao risco de danos aos olhos ou queimaduras da explosão.
“Alguns especialistas recomendam usar com um sedativo para acalmá-los, mas é preciso estar ciente de que estes medicamentos podem ser contraindicados. A melhor prevenção é não utilizar pirotecnia, disse Biglia.
John Sanso, deputado provincial da “Actuar”, é o autor do projeto de lei que proíbe a venda e o uso de pirotecnia para proteger a saúde dos animais.
“A Pirotecnia é uma das principais causas de acidentes das crianças e é usado para os feriados do final de ano. A diferença é que a pessoa pode optar por não usá-lo, no entanto, os animais são submetidos sem escolha aos danos que a pirotecnia provoca. É por esta ração que estamos apresentamos o projeto”, disse o legislador.
Por sua parte, o Vice-Presidente da Câmara, Pedro Mallea, disse que achou “muito boa a iniciativa”, mas ainda não está ciente dos detalhes do projeto.