Eu estive pessoalmente algumas vezes nesse depósito de cães e posso dizer que o fato descrito abaixo é verdade. Boa parte dos cães não estão castrados e cruzam entre si, muitas ninhadas, cães morrendo sem assistência nenhuma. Posso relatar vários casos que presenciei, tenho muitas fotos.
Para os que tinham dúvida, por favor vejam as fotos enviadas pela própria ONG que tenta ajudar os animais resgatados pela dona da casa de Moema. Ela possui um sítio em Parelheiros, em SP – com acesso para poucos, porque ela não divulga, sabendo da repercussão. O sítio, com no mínimo 300 cães, conforme me disse pessoalmente a dona, quando esteve na minha casa, é cuidado pelo pai dela, um senhor de 72 anos, que tem catarata e dificuldades de locomoção.
A ONG, – Cão Solidário, que dispõe de mais fotos no Facebook, tenta castrar 50 cadelas, mas não estão conseguindo. Relatam perceber a cada visita animais novos (ela continua recolhendo, mesmo sem espaço, higiene, ração, condições), e a não disponibilização de animais em condições de serem adotados.
Por 3 vezes no último mês, tiveram que fazer um aporte grande de ração; estão cansados porque o número de animais aumenta, nunca diminui. A dona é difícil, não enxerga como os animais realmente estão. Desde o início da ajuda a situação melhorou pouquíssimo. Cercaram parte do local, pois os animais atacavam pessoas fora da propriedade. O aluguel está atrasado há meses, o proprietário quer desalugar, tamanha a sujeira, a imundície e a crueldade da situação. Ratos transmitem carrapatos aos demais animais, muitos morrem à mingua, com tumores, dando cria, sofrendo.
O local é de difícil acesso, o senhor tem somente um celular, que não funciona muitas vezes. Eu tenho o endereço e quero fazer alguma coisa. Como me disseram várias pessoas que conhecem o sítio, a casa é “café pequeno” perto da situação de Parelheiros. ONGs, Anvisa, Prefeitura, saúde pública, TVs, quem me ajuda? Quem encaminha? Quem se junta a mim? Quem entende que esta família precisa de ajuda? Que não conseguem admitir ou enxergar o horror? Que acham que recolhendo e dando este tipo de vida estão salvando, quando na verdade estão fazendo justamente o contrário? As adoções são aleatórias, poucas, inconsistentes?