Por Kirsten Han
Traduzido por Paula Góes
Depois que um corredor foi arranhado e mordido por uma matilha de cães vítimas do abandono no dia 14 de dezembro de 2011, em um novo parque em Punggol, em Cingapura, a Autoridade de Veterinária e Agricultura (AVA) do país intensificou os esforços para capturar os cães abandonados dos arredores. Quase 30 animais foram capturados, dos quais quatro foram considerados ‘agressivos’ e acabaram sendo mortos. A AVA tentou justificar a crueldade alegando a necessidade de “garantir a segurança dos cidadãos de Cingapura, assim como controlar e prevenir a propagação da raiva”.
Desde então, protetores dos animais de Cingapura se uniram em campanha, criando uma página no Facebook e apelando à AVA e à Sra Penny Low, parlamentar representante do círculo eleitoral de Pasir Ris-Punggol (GRC), para pôr fim à matança.
Há muitas maneiras de reduzir significativamente a população de animais que vivem nas ruas. Desencorajar ativamente as pessoas a abandonarem os animais. Permitir que as pessoas abriguem animais em seus apartamentos. Apoiar e incentivar a esterilização de animais. Todas essas soluções seriam melhores do que matar dezenas de milhares de animais de rua, sob o pretexto de ‘segurança pública’.
Os voluntários também começaram a resgatar os cães da matança, publicando fotos no grupo e procurando lares adotivos ou temporários.
Haslinda espera que o incidente não tire o ânimo das pessoas de visitarem a área: “Os que estão familiarizados com o local devem ter visto os cães abandonados várias vezes. Espero que esta notícia não tenha tirado a vontade de ninguém de visitar este lugar. Só queria apontar alguns locais onde eu os vi. Portanto, não se surpreenda se você os vir passeando por lá. Eles não vão atacar ninguém sem motivo.”
Outro protetor, cujo apelido é @jolantru, bloga sobre sua oposição à matança dos animais: “…vê-los sendo assassinados dói. Parece com SARS. Eu adotei Meow, um gatinho achado nas ruas durante esse ano fatídico, e ele está comigo agora, um felino saudável e extremamente afetuoso. Amantes dos gatos ficaram chocados e indignados com a matança indiscriminada. Talvez, a AVA esteja apenas fazendo seu trabalho – mas matar não foi a resposta.”
Fonte: Global Voices