A Justiça decidiu que os 46 cachorros mantidos em condições de maus-tratos em um canil clandestino em Jaguaruna, em Santa Catarina, vão ficar sob guarda provisória de entidades de proteção aos animais ou cuidadores.
O dono do canil chegou a ser preso em flagrante em uma operação no dia 19 de outubro, mas foi liberado e responde ao crime em liberdade. A justiça catarinense determinou que ele vai pagar os custos para alimentação, tratamento e cuidado dos cães. A decisão foi divulgada divulgada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) na última segunda-feira (01/11).
Segundo o portal G1, a operação resgatou 48 cães de diversas raças, que eram criados com finalidade de exploração para venda.
Entre os animais resgatados, estavam cachorros das raças akita, husky siberiano, samoieda, pastor-belga-malinois, cane corso, border collie e spitz alemão. O Ministério Público afirmou que, dos 48 cães, dois morreram por estarem bastante debilitados.
O MPSC informou que o destino final dos cachorros será decidido pela Justiça, após o processo tramitar até o fim, quando não houver mais possibilidades de recurso.
Enquanto não houver a determinação final da Justiça, quem tiver a guarda provisória dos cães não pode doá-los, vendê-los ou destiná-los para reprodução.
Qualquer pessoa ou entidade que queira ter a guarda dos animais pode procurar a Delegacia de Jaguaruna, que ficará responsável por realizar o cadastramento e seleção dos destinatários dos 46 cachorros. Os animais têm porte de médio a grande e há 12 filhotes.
Cães estavam subnutridos
Quando chegaram ao canil, os policiais encontraram cães subnutridos, presos em correntes curtas que não permitiam que os animais deitassem, higiene precária e feridas expostas nos cachorros, sem tratamento adequado. O local não possuía abrigo contra sol e chuva e tinha forte cheiro de fezes e urina.
Um médico-veterinário que participou da ação constatou os maus-tratos, conforme a delegada Carolini de Bona. Os cachorros foram mantidos no canil depois da operação, mas estão recebendo tratamento. Os veterinários afirmaram que havia cães com caquexia, fratura e sarna.
A delegada também disse que ONGs de proteção aos animais indicaram que o suspeito era procurado em outras cidades do estado pelo mesmo crime, mas sempre conseguia fugir.