A situação de abandono e descaso que sofrem os animais nas ruas de Canoas (RS), principalmente os cães, motivou um grupo de pessoas a discutir o assunto com intuito de solucionar o problema. Entidades e voluntários que trabalham junto aos animais e membros do Conselho Municipal de Meio Ambiente debateram na Secretaria de Meio Ambiente, as possibilidades de formalizar a atuação do grupo, dando o amparo legal e credibilidade junto à população.
A ideia de um programa amplo, buscando parceiros, com um trabalho educativo paralelo de conscientização em vilas, escolas e associações de bairros, foi levantada pelo coordenador do curso de Ciências Biológicas da Unilasalle e membro do conselho, Jairo Luiz Cândido.
A proposta foi aprovada por todos os participantes da reunião. “A iniciativa tem que começar com o dono do animal. A partir daí, podemos aproveitar as parcerias com clínicas veterinárias, realizando a castração gratuita, enquanto nós arcaríamos com os custos de material”, destacou o professor.
A secretária-adjunta de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Giovana Fagundes, sugeriu que todas as entidades e voluntários se unam e formem um só movimento. “Dessa forma fica mais fácil para o poder público amparar a causa. A ação tem que ser alinhada em um só objetivo, assim a conscientização se dá automática e gradativamente, e o trabalho realizada adquire credibilidade”, explica. Giovana defendeu também a divisão da equipe em grupos de ação para levantar as prioridades mais urgentes.
Após os debates, foi determinado que os protetores dos animais terão uma representação dentro do Conselho de Meio Ambiente. Eles apresentarão um projeto unificado em favor da causa para então estabelecer caráter jurídico formalizado e poder receber repasse de recursos.