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Protetores acusam falhas no resgate de animais em Franca (SP)

8 de agosto de 2015
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Animal atropelado em junho teve de ser socorrido por populares. Prefeitura não teria respondido às ligações para o socorro
Animal atropelado em junho teve de ser socorrido por populares. Prefeitura não teria respondido às ligações para o socorro

No dia 16 de maio, enquanto trabalhava em um estabelecimento localizado na avenida Adhemar de Barros, a atendente de farmácia Valéria Moraes, 19, presenciou o atropelamento de um cachorro. Preocupada com o animal, ela entrou em contato com o responsável pela empresa de captura animal, contratado pela Prefeitura para fazer esse tipo de atendimento, mas não foi bem recebida.
Em março deste ano, a Prefeitura e a Unifran assinaram um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) para atender os animais atropelados ou vítimas de maus-tratos. O acordo foi firmado com o Ministério Público.
“Eu não sabia a quem recorrer, era sábado à noite, por volta das 20 horas, fui muito mal atendida e ele simplesmente se negou a prestar socorro ao animal. Foi preciso um voluntário fazer o resgate e encaminhar o animal para a clínica”, completou.
O estudante Vinícius Assunção Silva, que no dia 27 de junho presenciou o atropelamento de um cachorro, também não contou com o respaldo da Prefeitura. “Era um sábado à noite e tentamos diversas vezes entrar em contato com o responsável por socorrer os animais. Mas, após várias tentativas, acabamos desistindo e buscando outra forma para ajudar o cão”, disse.
Vários protetores de animais confirmaram o problema no socorro prestado pela Prefeitura aos bichos atropelados. Entre as principais reclamações, estão a demora na resposta e a falta de atendimento. De acordo com os protetores, os animais chegam a ficar entre três e quatro horas esperando o socorro.
Mesmo ciente das reclamações, o diretor de Vigilância Municipal em Saúde de Franca, José Conrado Netto, disse que o trabalho é realizado de “forma satisfatória” e contraria os fatos apontados.
Convênio
Apesar de o convênio garantir que 6 animais poderiam ser atendidos por dia – 2 de pequeno porte, 2 de grande porte e 2 selvagens -, apenas 13 animais foram encaminhados para a universidade entre março e junho.
Considerando os dias úteis nesse período, pelo menos 166 animais de pequeno porte poderiam ter recebido atendimento através do convênio.
Segundo Conrado Netto, a justificativa para a pouca utilização dos atendimentos é que somente os casos mais graves seriam encaminhados para a Unifran.
Somente no primeiro semestre deste ano, foram registradas 920 reclamações na Sala de Proteção Animal. Destas, 632 eram referentes a denúncias de maus-tratos e abandono e 83 por atropelamentos.
Dos 83 animais de pequeno porte atropelados, 29 foram atendidos no próprio canil, 12 foram encaminhados para a Unifran, 7 socorridos pela população e 35 morreram antes do atendimento.
Proteção Animal
Quando presenciarem o atropelamento ou maus-tratos de animais, as pessoas devem entrar em contato com a Sala de Proteção Animal da Prefeitura de Franca, através do telefone (16) 3711-9448, em dias úteis durante o horário comercial. Ou então pelos telefones (16) 99281-9572 e (16) 99997-7210, que funcionam 24 horas por dia, todos os dias da semana, incluindo fins de semana e feriados.
Fonte: GCN

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