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TRISTEZA

Protetora quer justiça após cão cego morrer em hotel para animais de Ribeirão Preto (SP): 'não pode ficar impune'

30 de dezembro de 2023
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução/EPTV

A protetora de animais Amanda Gonçalves afirma já ter procurado a Polícia Civil e um advogado para cobrar na Justiça providências com relação à morte de um cachorro cego em um hotel para animais em Ribeirão Preto (SP).

Zangado, que além da deficiência visual tinha dificuldades para andar, foi levado para uma hospedagem especializada no bairro Portal dos Ipês, Zona Leste da cidade, na última quarta-feira (27), mas, uma hora e meia depois da chegada, a empresa ligou para a responsável comunicando que ele tinha morrido afogado em uma piscina existente no local.

“A morte do Zangado não pode ficar impune. A gente vai resolver na Justiça com eles”, afirma.

Procurados na sexta-feira (29), os responsáveis pelo hotel de animais não quiseram comentar o assunto e disseram que estão muito abalados com a situação.

Zangado vivia em uma clínica veterinária da cidade após ter sido resgatado abandonado na estrada, em condições extremas de maus-tratos. Além de não enxergar e ter dificuldades para andar, ele tinha um comportamento agressivo com relação a desconhecidos devido ao histórico de violência vivido.

Como a veterinária responsável pela clínica precisou viajar, Amanda explica que procurou um hotel para animais indicado por uma amiga e explicou aos responsáveis que, devido ao histórico e às limitações, o animal deveria permanecer em um local fechado, e separado dos demais. A exceção era a permanência do “Branco”, um outro cachorro que já convivia com ele.

Depois de ser levado por um “táxi dog” oferecido pelo próprio hotel, Amanda afirma que reforçou as orientações com relação a Zangado, assim como a amiga que havia indicado o local para hospedagem.

“Ele era um cãozinho que não confiava no ser humano. Você ia pegar ele, ele avançava, totalmente cego, totalmente debilitado, só que ele já estava começando a andar, ele andava sim, um pouquinho, mas andava, então era um animalzinho que inspirava muitos cuidados, então o hotel foi orientado e exatamente por isso ele foi pro hotel, pra terem um cuidado especial com ele.”

Mesmo assim, Amanda conta que, uma hora e meia depois da entrega, a proprietária do hotel para animais ligou informando que o animal tinha sido solto e havia morrido afogado na piscina. “Ela falou: ‘foi uma fatalidade.’ Foi a única explicação que deram pra gente.”

Assim que o corpo de Zangado foi entregue de volta, no dia seguinte, a protetora afirma ter procurado as autoridades para registrar um boletim de ocorrência, além de um advogado. Ela também informou ter solicitado uma necropsia para confirmar se, de fato, o cachorro morreu afogado.

“Não temos a certeza, foi o que o hotel disse, e já foi feito o BO contra o hotel, e a gente já está com advogado também, que pegou a causa e a gente vai até o fim neste caso”, diz.

Fonte: G1

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