Nádia Sabchuk
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Por volta de 12:30 deste domingo (14), eu e minha mãe vimos uma cena chocante, e inaceitável para qualquer pessoa que dá valor à vida alheia.
Moro em Curitiba (PR), no bairro Umbará, no Sul da cidade. Nosso vizinho estava chutando e apedrejando um cãozinho poodle que estava na rua. A filha do rapaz, uma menina de cerca de 7 ou 8 anos no máximo, estava dando pauladas do cachorrinho. O cachorro tinha tutor, era do outro vizinho, mas o bichinho acabou escapando do portão e estava na rua.
O sangue ferveu na hora, não admito maus-tratos a qualquer animal na minha frente. Gritei da minha janela para ele e a menina irem dar pauladas na mãe. Ele perguntou um tom sarcástico “ah, tá com pena do cachorro?” E pegou o cachorrinho pelo cangote e jogou por cima do meu portão, que tem mais ou menos 1,80m de altura. Eu tenho mais 6 cadelas adotadas em casa, e fiquei morrendo de medo que elas atacassem o poodle, pois sei que são ciumentas.
Eu saí na rua, e começou o bate-boca. Perguntei se eu podia, quando visse os filhos deles ali na rua incomodando meus cachorros, pegar as crianças pelos cabelos e jogar pra dentro do portão também. Falei que ele não podia chutar um cachorro só porque o bichinho está na rua. No meio do bate-boca, a mulher do rapaz que agrediu o cachorrinho veio pra cima de mim, me batendo. O rapaz, e mais gente veio pra cima de mim também, sendo que ele me segurou para os outros poderem me bater.
Uma covardia sem tamanho. Pararam de me bater porque minha mãe gritou por polícia e alguém achou que eu era de menor. Eu tenho 21 anos, mas eles não sabiam disso. Chamamos a polícia e fizemos todo o necessário para resolver essa situação por caminhos legais. Mas peço a ajuda de todos os protetores de animais, pessoas de bem e defensores de mulheres que me ajudem a divulgar essa história, para cobrarmos com todas as forças uma providência correta das autoridades. Já chega de crimes como esse passarem impunes.
Hoje, só ganhei uns arranhões e uns hematomas ao proteger um bichinho da violência demente de um sujeito desse. Será preciso protetores e animais morrerem para que a Lei de Proteção aos Animais seja aplicada efetivamente na sociedade?