Por Sophia Portes | Redação ANDA (Agência de Notícias de Direitos Animais)
A empresária e protetora de animais Maisa Pacheco, de 44 anos, sempre resgatou e cuidou de animais maltratados e abandonados nas ruas de São Paulo. E, para sua surpresa, eles acabaram aumentando o lucro da sua loja, Vênus Sex Shop, na Rua Consolação, em São Paulo. Como isso? Com a sua doçura. Os clientes entram na loja para fazer carinho nos animais e acabam comprando.
“Não é todo mundo que se sente à vontade ao entrar numa sex shop. Alguns não fazem isso por timidez. Eu comecei a perceber que os animais ajudavam a quebrar o gelo e a deixar as pessoas mais à vontade na loja. Muitos clientes dizem que entram na loja porque viram os animais”, conta a empresária.
Maisa afirma que nos últimos quatro anos houve um aumento expressivo de 20% no faturamento da lojas, período em que começou a resgatar os animais e deixá-los na loja. No ano passado, o faturamento da loja foi R$ 80 mil.
“Nós passamos a ser conhecidos por abrigar animais resgatados, o que despertou a curiosidade das pessoas para conhecerem a loja. Com isso, o fluxo de clientes vem aumentando. Além do mais, as pessoas estão entrando mais na loja para fazer carinho nos animais e acabam comprando”, conta Maisa sobre a ação altruísta que beneficiou ambos os lados.
Ela explica que os animais ficam lá até conseguirem um lar. Durante esse tempo, eles passam por acompanhamento veterinário. Mas atualmente nenhum deles está nessa situação. Os três cães, a pit bull Zara, a maltês Duda e o poodle Vintinho, e a gata Bardot, que estão na loja, atualmente, são da empresária.
“A Bardot chegou há três meses, mas ela se adaptou tanto com a gente que não tenho coragem de doá-la. E olha que não faltam candidatos”, comenta a protetora.
O consultor especializado em varejo da BaStockler, Luis Stockeler, disse ao portal Uol que os empresários devem reinventar seus negócios para continuar atraindo a clientela. “A empresária pode não ter tido a intenção, mas conquistou mais clientes ao manter os animais na loja. A ideia pode não servir para todos os segmentos, mas é inovadora”, diz.
