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Protestos na Colômbia e no México pedem a abolição das touradas

17 de fevereiro de 2012
3 min. de leitura
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Por Graziella Belliato  (da Redação)

Ativistas pelos direitos dos animais se despiram e pintaram seus corpos de preto e vermelho para protestar contra a morte de milhares de animais vítimas das cruéis touradas. (Foto: AnimaNaturalis)

Com a proibição de touradas na região da Catalunha (Espanha), no início desse ano, países como México, Equador, Venezuela e Colômbia começaram uma séria discussão sobre a possibilidade de proibir atos de barbárie com animais para a diversão de uma minoria da população.

O protesto “Ponte en la piel del Toro” (Ponha-se na pele do Touro) realizado em duas cidades colombianas, Medellín e Bogotá e na capital mexicana Cidade do México, teve como objetivo chamar a atenção das autoridades e da população para a crueldade a que são submetidas as vítimas da tauromaquia.

Em 04 de fevereiro, centenas de ativistas reuniram-se no “Parque de los Deseos” de Medellín para participar do protesto. Juntos, formaram a palavra STOP para pedir a abolição dos eventos tauromáquicos nos oito países em que estes ainda são permitidos por lei.

Edisson Duque, coordenador geral da ONG AnimaNaturalis na cidade disse: “Pedimos a líderes políticos, sociais e aos cidadãos em geral que assumam uma posição a favor dos animais. Colômbia deseja a abolição da tauromaquia JÁ”.

No dia posterior à ação realizada em Medellín, dia 05 de fevereiro, foi a vez da Cidade do México de alertar a população acerca da necessidade da abolição deste “espetáculo” cruel. Reunidos em frente ao monumento histórico “Angel de la Independencia”, mais de mil ativistas seminus com os corpos tingidos de preto e vermelho, representando pele e sangue do touro, deitados ao chão formaram a figura de um animal vítima da tauromaquia. Durante o protesto, outros ativistas atuaram na divulgação de informações sobre a crueldade praticada nas touradas e a importância da sociedade se posicionar contra o evento.

Ativistas fazem manifestação em Bogotá (Foto: Reprodução/AnimaNaturalis)

Felizmente, a tauromaquia mexicana está passando por momentos difíceis. Há décadas o público não lota as arenas onde ocorrem as barbáries. Pesquisas recentes demonstram o crescimento do número de mexicanos que se opõem aos eventos realizados com touros: cerca de 90% da população é contra esta prática quando em 2007 o percentual era de 68%. Anualmente, esse tipo de espetáculo tira a vida de cerca de 9.000 touros e 400 cavalos no país.

O evento “Ponte em la piel del Toro” também aconteceu em Bogotá. Na última quinta feira, dia 09, ativistas convocados pela AnimaNaturalis realizaram uma performance na “Plaza de Bolivar” onde saíram em marcha fúnebre e silenciosa, enquanto um deles exclamava: “Se escuta a música anunciando o início da Festa Brava, se abrem as portas e aqui estou eu, com o coração agitado, com a pele suando, com os olhos feridos pelo sol. A morte se esconde atrás de uma capa, a morte se clava em meu corpo e choro lágrimas vermelhas pelo meu lombo, a morte está de pé, em minha frente”.

Com a ação, a ONG buscou pressionar o prefeito da capital colombiana a realizar, o mais breve possível, um referendo no qual a população possa decidir o futuro da tauromaquia na cidade. Houve também a distribuição de material informativo.

“Com este protesto simbólico estamos buscando a abolição das touradas na Colômbia. Fizemos este ato hoje em Bogotá por ser a capital do país. Além disso, pedimos também que se proíbam as “corralejas” (é uma festa popular da Colômbia onde a população faz o papel do toureiro), as rinhas de cães, ou seja, os espetáculos que utilizam animais, porque tudo isso é cruel, bárbaro e desnecessário”, disse Andrea Padilla da associação AnimaNaturalis.

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