O protesto foi marcado pela Plataforma de Objeção ao Biotério (POB), que integra biólogos, veterinários e psicólogos, que se insurge contra aquilo que considera ser “uma fábrica de criação de 25 mil animais para serem vendidos em laboratórios”.
“O Biotério é um mau investimento para a ciência e para o país. Se vamos construir um equipamento de raiz devemos investir num caminho alternativo mais seguro, mais ético e mais fiável”, afirmou à Lusa Constança Carvalho, do POB.
O movimento contra o Biotério considera que esse caminho alternativo deve passar por tecnologias como simulações informáticas do metabolismo humano ou uma estrutura que usa células de fígado humano para avaliar toxicidades.
Munidos de cartazes de apoio aos animais, meia centena de protestantes entoou palavras de ordem como “ciência sim, Biotério não”.
Durante o protesto o sistema de rega da Fundação Champalimaud foi acionado, apanhando de surpresa os manifestantes que firam todos molhados.
O Biotério da Azambuja, um projeto das Fundações Champalimaud e Calouste Gulbenkian e Universidade de Lisboa, servirá para criar animais a usar em investigação científica e será construído na Azambuja, num terreno com cerca de três hectares de área cedido pela câmara local.
Fonte: Público