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Proteja o seu cão das alergias e da gripe

22 de agosto de 2009
4 min. de leitura
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Seque bem o cachorro com uma toalha e use jato morno ou frio do secador
Seque bem o cachorro com uma toalha e use jato morno ou frio do secador. Foto: Marina Gomes/UOL

Na onda da preocupação com a gripe, é bom saber que os animais também ficam mais suscetíveis às doenças no inverno e precisam de atenção redobrada.

A gripe canina, também conhecida como traqueobronquite infecciosa ou tosse dos canis, pode estar relacionada a vírus, bactérias, fungos ou parasitas. Atenção para sintomas como tosse, espirros, coriza, febre, perda de apetite e apatia, principalmente em animais muito jovens, idosos ou com a saúde já debilitada por alguma outra doença.

A boa notícia é que a maioria dos animais cura-se sozinho. Para ajudar, mantenha a imunidade de seu cachorro alta, com uma alimentação correta e nutritiva. Outra recomendação é a vacinação com reforço anual. “Várias vacinas estão disponíveis para proteção contra a bactéria Bordetella bronchiseptica, adenovírus canino tipo 2 e vírus da parainfluenza canina, causadores da gripe. Existem vacinas para aplicação intranasal ou uso injetável”, explica Eduardo Pacheco, veterinário formado pela Universidade de Alfenas, especialista em cirurgia pela Unesp e diretor do Hospital Veterinário Santa Inês, de São Paulo.

Recentemente, um subtipo do vírus influenza, o H3N8, causou furor nos Estados Unidos. Em 2004 ele surgiu em cães da raça galgo e agora evidências indicam a circulação em outras raças. Seus sintomas são mais graves que a gripe canina comum, culminando em broncopneumonia. A mortalidade gira em torno de 5%, mas não há relatos desse tipo de gripe canina no Brasil.

Alergias respiratórias

Além da gripe, outros problemas afetam a saúde dos cachorros no inverno. “A umidade relativa do ar diminui e uma grande quantidade de partículas fica em suspensão. Elas são inaladas, agravando os quadros de alergia como bronquites e rinites”, alerta Marcos Eduardo Fernandes, formado em medicina veterinária pela Unesp, especialista em homeopatia veterinária e mestre em saúde pública pela USP. As roupinhas e cobertores, também mais usados nessa época, podem desencadear reações alérgicas.

A controller Simone Darrel, 34, de Curitiba, conta que sua pinscher zero, Kiki, sofre mais nessa época do ano. “Ela começa a espirrar e não para mais. Noto que as crises se agravam quando paro de levá-la para caminhar”, diz.

Quando notar algum sinal de alergia em seu cachorro, a primeira atitude é identificar o que pode estar causando o incômodo. Se possível, não deixe o caozinho em ambientes fechados, com carpetes e tapetes, e lugares tratados com excesso de desinfetantes, odorizadores de ambiente e produtos de limpeza. Evite fumar dentro de casa ou próximo ao animal, pois eles também inalam a fumaça e os resíduos do tabaco. O uso constante de umidificadores também pode levar à proliferação de fungos (mofo), o que propicia quadros alérgicos.

O tratamento paras as alergias é feito com anti-histamínicos, corticóides, broncodilatadores e nebulizações com solução fisiológica, mas como essas doenças podem ficar crônicas, é preciso um tratamento de longo prazo. “Uma alternativa é buscar terapias não convencionais, como a homeopatia, que apresenta bons resultados em grande parte dos casos”, diz Fernandes.

Na pele

As alergias na pele também costumam se agravar nessa época. “O clima frio leva os donos a banharem seus animais de forma mais esporádica, não removendo de forma adequada os alérgenos ambientais depositados na pele e nos pelos”, relata Carlos Eduardo Larsson, professor da Faculdade de Medicina Veterinária da USP e presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia Veterinária. Entre as raças mais acometidas com as dermatites atópicas estão boxer, chihuahua, yorkshire, sharpei, west highland white terrier, scottish terrier, llhasa apso, shitzu, dálmata, pug, setter irlandês, baston terrier, golden retriever, labrador e cocker.

Dicas para evitar que as alergias dermatológicas apareçam na época mais fria do ano:

-Dê banhos nos horários mais quentes do dia, com água morna, utilizando xampus e sabões próprios para cães, pouco agressivos ou irritantes.

-Enxague com bastante água corrente para remover o excesso de sabão e proteja as orelhas com algodão parafinado.

-Atente para eventuais sinais (prurido corpóreo, vermelhidão e descamação) quando colocar roupas nele, pois alguns tecidos podem acarretar ou agravar alergias (principalmente os de lã, seja acrílica ou natural).

-Evite o uso de perfumes.

-Não arranque pelos do canal da orelha nem faça a limpeza dela com álcool ou éter.

-Use o secador de cabelos em jato frio ou morno, para não queimar a pele do cão.

Fonte: UOL

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