Neste 04 de outubro, o mundo celebra o centenário do Dia Mundial dos Animais, uma data que ultrapassa fronteiras e espécies para lembrar que o bem-estar animal é indissociável da saúde da Terra. O tema de 2025, “Salvar os Animais, Salvar o Planeta”, propõe um olhar global sobre como a forma como tratamos os animais reflete diretamente no equilíbrio ambiental e na biodiversidade.
A mensagem deste ano afirma que a destruição de habitats, o tráfico de animais e a agropecuária são as principais ameaças à vida selvagem e às bases ecológicas que sustentam todas as formas de vida. A proteção de espécies, como tigres, lobos ou onças-pintadas, garante a preservação dos ecossistemas em que vivem. Ao proteger um animal silvestre, protege-se toda uma cadeia de vida em torno dele.
“Quando lutamos contra o crime ambiental e contra a crueldade da pecuária industrial, estamos, na verdade, defendendo a sustentabilidade do planeta”, resume Sarah Carr, coordenadora global do Dia Mundial dos Animais e diretora da Naturewatch Foundation.
Embora a vida selvagem seja o grande foco do tema de 2025, os animais domésticos não são esquecidos. A data reforça a importância de tratar cães, gatos e outros animais de companhia como seres sencientes, dotados de sentimentos e personalidades próprias, merecedores de respeito e cuidado. A promoção da posse responsável, o combate ao abandono e a valorização do vínculo humano-animal são partes integrantes da construção de um mundo mais justo para todas as espécies.
O tema também dialoga com o conceito de “Saúde Única” (One Health), que reconhece a interdependência entre a saúde humana, animal e ambiental. Como explica a veterinária norte-americana Carrie McNeil, “cada ação que melhora a vida de um animal, seja uma vacina, um resgate ou a proteção de seu habitat, tem reflexos positivos sobre as comunidades humanas e o meio ambiente onde vivem”.
Em um momento de colapsos climáticos, extinções aceleradas e queimadas recordes, o Dia Mundial dos Animais nos mostra que não há futuro possível para o planeta se continuarmos ignorando o sofrimento das espécies que o habitam conosco. Cuidar dos animais, silvestres ou domésticos, é um ato de justiça, de compaixão e de sobrevivência coletiva.