Diante da falta de respostas da Universidade Estadual de Maringá (UEM), o promotor José Lafaieti Barbosa Tourinho, autor da ação que levou à suspensão dos experimentos com cães na UEM, afirmou nesta sexta-feira (28) que investigará a denúncia de ativistas de que alguns dos beagles teriam sido eutanasiados recentemente. A Reitoria da UEM informou que daria retorno à promotoria no início desta semana, o que não aconteceu.
“Vou estudar agora que providências tomar, baseado nas alegações [dos ativistas] de que há divergência quanto ao número de animais. Segundo a ONG Anjos dos Animais, há atualmente 7 beagles e 3 cães sem raça no canil do biotério. Contudo, na ação do MP são mencionados 14 cães, sendo 10 beagles e 4 sem raça.
Na tarde de quinta-feira (27), a presidente da ONG, Eloisa Murta, entregou ao promotor fotos que comprovariam que há um número reduzido de animais e de que alguns deles podem ter sido substituídos. “Não tem nada a ver esses cães com os outros citados na ação, sem falar na falta de animais”, reclamou.
Eloisa e outros ativistas pedem que a UEM liberte os cães remanescentes, já que liminar da Justiça proíbe novos experimentos. “Os beagles iriam para Londrina e ficariam sob cuidados da Ângela, que teria um lugar apropriado para eles, com tratamento veterinário”, diz Eloisa, referindo-se à professora da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Ângela Lamas, que fez a primeira denúncia de maus tratos aos beagles do Biotério Central da UEM.
Fonte: O Diário