Em uma revisão do Acordo de Paris divulgada nesta semana, o Programa Ambiental da ONU (UNEP) chegou à conclusão de que se as ações para combater as mudanças climáticas se limitarem apenas às promessas atuais, a Terra irá se tornar pelo menos 3 graus Celsius mais quente até 2100. Dado relativo aos níveis pré-industriais, segundo relata o portal de notícias da National Geographic.
O objetivo do Acordo seria limitar o aquecimento global a até 2 graus Celsius, cenário improvável como constatado. E a principal causa disso tem sido a emissão de gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2).
No dia anterior à revisão, a ONU confirmou que os níveis de CO2 na atmosfera em 2016 foram os maiores até hoje vistos nos últimos 800 mil anos. Níveis de metano também alcançaram altas recordes.
“Um ano após o Acordo de Paris ter entrado em vigor, nós ainda nos vemos em uma situação em que não estamos chegando nem perto o suficiente de salvar milhões de pessoas de um futuro miserável”, disse Erik Solheim, chefe da UNEP.
Ainda segundo a National Geographic, o total de emissões de 2030 não poderia exceder 42 bilhões de toneladas de CO2. O que representa cerca de 80% do que foi emitido em 2016. Na melhor das hipóteses, seriam emitidos cerca de 55 bilhões. Não é suficiente.
O relatório, entretanto, conclui que as emissões de carbono de combustíveis fósseis, produção de cimento e transporte internacional tem se mantido estáveis desde 2014. Algo em torno de 35 bilhões de toneladas de equivalente de CO2.
Também é digno de nota que o Acordo de Paris teve uma adoção quase universal. Apenas a Síria se recusou a se juntar aos demais e, os Estados Unidos, apesar das declarações do presidente Trump, promete honrar o compromisso através do Estado e governantes locais.