O Projeto Tartarugas do Delta fará a soltura de cerca de 100 filhotes, na primeira semana de março, em Luis Correia, na Área de Proteção Ambiental – APA Delta do Parnaíba, localizada no litoral do Piauí e Maranhão, no Nordeste do país.
Com patrocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental, o projeto tem como objetivo acabar com o risco de extinção das cinco espécies de tartarugas marinhas encontradas no país e que habitam a região. Para isto, biólogos, estudantes e voluntários contribuem com ações de monitoramento e resgate de animais encalhados na praia e com ações de educação ambiental nas comunidades.
Em 2011, o projeto promoveu a soltura de mais de 1.900 filhotes nos litorais, mas o lixo e a atividade de pesca feita de forma inapropriada são grandes ameaças à sobrevivência das espécies de tartarugas marinhas. No ano passado, 221 foram encontradas encalhadas no litoral, e apenas 12 com vida. Segundo o coordenador geral do projeto, o zootecnista Leandro Inakake de Souza, alguns animais podem ter chegado à orla do Piauí vindos de outros trechos do litoral do nordeste, onde problemas como estes também são uma ameaça. “Por isto, as atividades de educação ambiental são imprescindíveis para diminuirmos estes números”, ressalta.
Ano passado, a equipe do projeto mobilizou cerca de 960 estudantes e capacitou 152 professores de escolas municipais e particulares. Também esteve em comunidades pesqueiras para educar sobre a preservação destes animais e o que fazer caso sejam encontrados nas redes de pesca. Além disto, trabalhadores da Associação Trançados da Ilha também foram capacitados para a produção de artesanato com material feito de palha de carnaúba. Ações como estas também ajudam a incentivar o turismo pedagógico e ecológico na região.
O Projeto Tartarugas do Delta está inserido no Programa Petrobras Ambiental, que, de 2008 a 2012, vai investir R$ 500 milhões em projetos voltados para o tema “Água” e “Clima”. As linhas de atuação são a gestão de corpos hídricos superficiais e subterrâneos; a recuperação e conservação de espécies e ambientes costeiros, marinhos e de água doce; e a fixação de carbono e emissões evitadas.
Fonte: 180 Graus