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PRESERVAÇÃO

Projetos defendem onça-pintada; animal inspirou nova camisa da seleção

10 de agosto de 2022
2 min. de leitura
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Ronaldo, Coutinho e Djonga com os novos uniformes da seleção brasileira. Foto: Divulgação/Nike

E foi dada a largada rumo ao hexa: faltando pouco mais de 100 dias para a a Copa do Mundo de futebol masculino, que acontece em novembro no Qatar, a CBF divulgou no domingo (7) as novas camisas que a seleção brasileira vestirá em campo. Tanto a titular quanto a reserva têm detalhes que chamaram atenção (e geraram até reclamações sobre o “mau gosto da CBF”) nas redes sociais: estampas inspiradas na pele de uma onça-pintada por toda camisa amarela e em detalhes na manga da azul. Independente das críticas, o modelo azul da camisa se esgotou em apenas uma hora de vendas.

Com o lema “Veste a Garra”, os novos uniformes, segundo a CBF, além de homenagearem a coragem e cultura do povo brasileiro, são inspirados na garra e na beleza desse que é o maior felino de todas as Américas. Mas essa espécie já é uma velha conhecida da população brasileira: estampa a nota de R$ 50, voltou recentemente à telinha da sua TV quando a Juma ficou com “reiva” e emocionou pelo sofrimento da onça queimada que conseguiu sobreviver às queimadas no Pantanal. Além disso, ainda tem muita gente que tem dedicado a vida a garantir a sobrevivência desse animal que corre risco de extinção. Nos últimos anos, o site Ecoa contou histórias de gente, iniciativas e empresas que estão unindo forças para tentar salvar a onça-pintada. Vale lembrar:

No Brasil, a onça-pintada habita todos os biomas brasileiros, menos os Pampas. Devido à caça, que é ilegal, o bicho foi extinto no Rio Grande do Sul por volta dos anos 1950. Para tentar evitar que o mesmo aconteça nos outros biomas, pessoas e iniciativas têm buscado formas de conscientizar a população da importância de manter o animal vivo não só para a espécie, como para o meio ambiente por inteiro.

Tecnologia como aliada:

A empresa Nike, responsável pela criação e distribuição da nova camisa da seleção para a Copa de 2022, entrou na jogada para ajudar na preservação da onça-pintada. Nos próximos três anos, a empresa vai viabilizar pesquisas e monitoramentos da espécie. 95 câmeras fotográficas serão instaladas em regiões dos biomas brasileiros, além da aplicação de colares de GPS em alguns dos animais.

O mesmo já estava sendo feito em Mato Grosso, onde a onça chamada de Niti Caré foi a primeira a receber o colar. Tem até bisneto de caçador de onça que hoje usa de alta tecnologia para poder ajudar o bicho a não sumir. “Mas a melhor estratégia que a gente fez na fazenda foi capacitar [as pessoas]”, diz o veterinário Diego Viana.

 

Fonte: Uol

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