O Projeto Tamar, criado para proteger as áreas de desova de tartarugas marinhas na costa brasileira, completa 30 anos e, no próximo sábado, realiza em todas as bases de pesquisa – de Santa Catarina ao Ceará – a soltura simbólica do filhote número 10.000.000. A marca foi alcançada nesta última temporada, segundo o Ibama.
Só agora, três décadas depois da criação do projeto, as tartarugas marinhas nascidas sob a proteção do Tamar atingiram a maturidade sexual e estão retornando à praia onde nasceram para depositar sua primeira desova.
Os filhotes desta temporada representam a segunda geração protegida pelo Tamar. Guy Marcovaldi, coordenador nacional do Projeto Tamar, diz que estes filhotes são os “netos” do projeto de pesquisa, conservação e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção.
O Tamar protege cerca de 1.100 km de praias, com 23 bases mantidas em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso desses animais, no litoral e ilhas oceânicas. Ao todo, atua em nove estados.
Apenas no Ceará foram recolhidas neste verão, de janeiro a março, 134 tartarugas, 36 delas encalhadas. Em maioria, elas são da espécie Tartatuga Verde – a mesma do filhote a ser solto neste sábado no estado.