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Projeto Tamar realiza soltura de tartaruga marinha em Florianópolis (SC)

16 de dezembro de 2013
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(Foto: Cristiano Estrela/ Agência RBS)
(Foto: Cristiano Estrela/ Agência RBS)

As marcas das patas da Tartaruga Verde na areia da Barra da Lagoa foram rapidamente apagadas pelo vento, mas serão lembradas por mais de 200 turistas e moradores de Florianópolis que testemunharam a soltura do animal neste domingo. Sob o sol forte, passadas curtas e rápidas levaram o animal ao encontro do mar, 15 dias depois de ele ter sido resgatado pelo Projeto Tamar.

A jovem exemplar da espécie — não se sabe a idade exata, mas a estimativa é que não passe dos sete anos —, foi levada à sede do projeto por um pescador, que a encontrou em uma rede de pesca próximo ao costão. Apesar de não ser o alvo da pescaria, a tartaruga ficou presa e foi levada com cicatrizes de cortes nas patas, provavelmente causadas por outra rede.

Em um tanque, ela foi observada e recebeu iodo e pomadas para curar os ferimentos. De acordo com Eduardo Livramento, um dos monitores do parque do Projeto Tamar, as tartarugas verdes são as mais comuns de serem encontradas em Florianópolis. Com 25 anos elas alcançam a idade adulta e então é possível saber o sexo.

(Foto: Cristiano Estrela/ Agência RBS)
(Foto: Cristiano Estrela/ Agência RBS)

A tartaruga solta neste domingo tinha apenas três quilos, mas a espécie é a segunda maior e pode chegar a 250 quilos. Para ser identificada em suas voltas pelo mundo, as tartarugas tratadas pelo Tamar recebem um grampo de marcação. Na temporada, muitas são levadas para tratamento e o número de solturas chega a quatro em alguns finais de semana. A caminhada das tartarugas virou atração turística e é o momento mais aguardado por quem frequenta a praia nos dias divulgados pelo Projeto.

“As pessoas ficam esperando nos bares e quando a gente chega com a tartaruga a gente vê algumas vindo lá do outro lado da praia. É a atração do momento”,  lembra.

Para que todos tenham contato com a tartaruga, antes dela ser colocada no chão passa pelo círculo de pessoas dentro de uma caixa. É o momento das crianças e adultos tirarem fotos e colocarem as mãos no casco.

Lívia Richter Souza, de 9 anos, tirou fotos da soltura e fez questão de olhar as tartarugas sendo alimentadas nos tanques do Projeto Tamar. O pai, Alexandre Souza, afirma que ela fotografou também as tartarugas com pedaços de lixo enrolados no corpo — que o Projeto apresenta aos visitantes — e vai fazer um trabalho na escola, em Bandeiras, no Paraná, para mostrar os perigos que as tartarugas marinhas enfrentam.

Fonte: Diário Catarinense

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