A jornalista e ativista animal Goretti Queiroz está há 10 anos à frente da luta pelos direitos animais no Brasil e nos últimos anos vem dando atenção especial aos animais de grande porte fazendo o papel do Poder Publico no resgate e atendimento dos equinos doentes e debilitados pelas ruas, depois de explorados de forma desumana por carroceiros.

Sua luta agora é para organizar um espaço para encaminhamento desses animais para tratamento e depois adoção. ” O terreno já existe mas falta murar e construir as baias, além da aquisição de ração , feno e medicamentos e hoje estamos com 4 animais em tratamento”, afirmou .

“Me dedico a estes animais primeiro porque são massacrados nas vias públicas e ninguém se move. A prefeitura do Recife criou a “lei de tração” que precisa de regulamentação . Esses animais precisam de espaço, de tratamento veterinário, de boa alimentação e um lar seguro, até porque temos que ter muito cuidado e critérios rígidos nas adoções para eles não serem vendidos e voltarem a ser explorados’, afirmou a defensora.

“Para isso temos contado com uma rede de solidariedade com a ajuda de veterinários para os primeiros socorros e depois vamos em busca do transporte para o resgate e de pessoas com sítios ou espaços seguros que possam acolher ou adotar os equinos”, explicou.

Esta luta começou quando Goretti encontrou uma égua abandonada atolada dentro de um mangue na periferia do Recife, que deu o nome de Luara, em fevereiro de 2015. Sua luta para salvar este animal foi comovente e mobilizou as redes sociais . Luara não resistiu aos maus-tratos e depois dela mais equinos foram tratados e resgatados das ruas em situações semelhantes.

Enquanto a lei repousa sem ser “molestada”, cavalos, éguas, jumentos e burros são açoitados pelas ruas da cidade carregando nas costas carroças com peso bem acima do que esses animais possam suportar. O resultado da não aplicabilidade da lei resulta em um verdadeiro massacre dos equinos que, encontram na morte o alívio que seus “tutores” não lhes deram em vida.

Goretti Queiroz pegou às rédeas do problema e desde o ano passado tem ido às ruas resgatando os animais peso pesado que são abandonados doentes, debilitados, muitos com problemas físicos, entregues à própria sorte.

De 2015 até agora foram resgatados ou atendidos nas ruas pela protetora 34 animais de grande porte, entre cavalos e jumentos .

Foram eles Luara, branco, juju, netti, chica , JUREMA, BOY , leonel, Pequena, trancinha , Bianca, chokito, coronel saruê, Apollo, BOB , Cosme e Damião , Amarelinha do Ibura , faísca , Estrela, MENINA, jumentinha ARIEL Maria valentina , Pimpolho , Capitão, jumentinha JUMA , Bob Marley , sargento, Martim pé de pano , Luan, Meia Noite, Macaxeira, Nataly e Lilly do ibura.

Desse total, 16 estão hoje adotados em sítios e chácaras , 4 em tratamento e os outros não resistiram e acabaram morrendo vítimas dos maus tratos e abandono.

“Ninguém olhava para os cavalos soltos nas ruas, nem o poder público, nem ongs, nem entidades privadas. É muito fácil resgatar gato e cachorro, mas animal de grande porte é dificil, tem que ter estrutura, mas eles também merecem nossa atenção”, observa Goretti,

Quem puder ajudar tem um grupo no Facebook SOS CAVALO e pelo email [email protected].