Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) prepararam uma programação especial para a comunidade no Mosaico de Carajás e município de Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará, dentro do Projeto de Conservação das Araras-azuis. Dividido em quatro etapas, o projeto é desenvolvido por meio do monitoramento de indivíduos adultos, ninhos e filhotes, e prevê a realização de atividades educativas voltadas para a população local.
Na programação da terceira etapa do projeto, realizada neste mês de março, ocorreu o workshop “Conservação da natureza: a arara-azul como modelo”, em Canaã dos Carajás. Voltado para professores do ensino infantil, médio e de jovens e adultos, o encontro estimulou a compreensão da relação entre os animais e o ambiente, por meio de jogos e práticas educativas.
O programa foi iniciado no final de 2012, quando a Vale firmou convênio com a Unesp. O projeto, que conta ainda com o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), reúne informações atuais para enriquecer os planos de manejo da espécie, como sua biologia reprodutiva, locais de nidificação no território, contabilização de filhotes, mapas de ocorrência da espécie na área e estudos sobre o ambiente como um todo e como ele está relacionado com as aves.
A quarta e última campanha deve ser realizada entre setembro e outubro de 2014. As informações serão reunidas em um relatório final de atividades e serão usadas em três teses de mestrado, defendidas pelos pesquisadores.
Arara-azul-grande
Anodorhynchus hyacinthinus, mais conhecida como arara-azul-grande, é o maior psitacídeo (animal com bicos fortes e capazes de alimentar-se de frutos duros) do mundo. Atualmente, a espécie é considerada vulnerável, com um número de 6.500 indivíduos de vida livre no Brasil, distribuídos em três biomas: Amazônia, Cerrado e Pantanal. Na região do Mosaico de Unidades de Conservação de Carajás, a espécie ocorre naturalmente.
Fonte: G1