Ameaçada de extinção no final dos anos 1980, a arara azul virou símbolo do Pantanal depois que uma apaixonada por essas aves, a bióloga Neiva Guedes, resolveu dedicar-se à luta pela preservação da espécie ao criar o Projeto Arara Azul no Mato Grosso do Sul. De pouco mais de 1.500 exemplares naquela época, a população saltou para mais de 5.000, segundo estimativas atuais.
(Foto: Carlos Ferreira / Divulgação)
“Digo que foi paixão à primeira vista. Quando fiquei sabendo que ela estava ameaçada de extinção e que poderia desaparecer, eu disse que iria salvá-la”, afirma Neiva. Segundo ela, essas aves quase desapareceram principalmente devido ao tráfico de animais, às queimadas e à caça, já que suas penas são muito usadas por indígenas na elaboração de cocares.
(Foto: Carlos Ferreira / Divulgação)
Para mudar esse cenário, as dificuldades foram muitas. “Quando comecei esse trabalho não existiam técnicas para subir em árvores, para manusear as aves, eu não tinha uma equipe e também faltava dinheiro”.
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Hoje, o projeto monitora e recupera aves e seus ninhos, promove atividades de educação ambiental e preservação, além de workshops sobre consciência ambiental, cidadania e geração de renda para a população local. Para ampliar os trabalhos, foi inaugurado neste mês em Campo Grande, com apoio da Fundação Toyota, o Centro de Sustentabilidade do Instituto Arara Azul, onde estudantes e pesquisadores poderão buscar informações e dados científicos.
(Foto: Carlos Ferreira / Divulgação)
A intenção do centro também é proporcionar um novo tipo de turismo na região, o de informação e observação das araras na cidade e no Pantanal, principalmente no período de reprodução. “A Fundação Toyota do Brasil, acreditando na seriedade do trabalho e dos profissionais envolvidos, investe no projeto para a multiplicação e perpetuidade dos ótimos resultados que têm sido apresentados”, diz Ricardo Bastos, diretor-presidente da fundação.
Fonte: Terra