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Projeto de preservação tira a arara azul da lista de animais em extinção

2 de dezembro de 2013
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(Foto: Carlos Ferreira/ Divulgação)
(Foto: Carlos Ferreira/ Divulgação)

Ameaçada de extinção no final dos anos 1980, a arara azul virou símbolo do Pantanal depois que uma apaixonada por essas aves, a bióloga Neiva Guedes, resolveu dedicar-se à luta pela preservação da espécie ao criar o Projeto Arara Azul no Mato Grosso do Sul. De pouco mais de 1.500 exemplares naquela época, a população saltou para mais de 5.000, segundo estimativas atuais.

O projeto de preservação da arara azul está completando 24 anos e tirou a ave da lista de animais em extinção no Brasil. Foto: Carlos Ferreira / Divulgação)
O projeto de preservação da arara azul está completando 24 anos e tirou a ave da lista de animais em extinção no Brasil.
(Foto: Carlos Ferreira / Divulgação)

“Digo que foi paixão à primeira vista. Quando fiquei sabendo que ela estava ameaçada de extinção e que poderia desaparecer, eu disse que iria salvá-la”, afirma Neiva. Segundo ela, essas aves quase desapareceram principalmente devido ao tráfico de animais, às queimadas e à caça, já que suas penas são muito usadas por indígenas na elaboração de cocares.

Ninhos artificiais ajudaram na preservação da espécie e se transformaram na "segunda casa" das aves. (Foto: Carlos Ferreira / Divulgação)
Ninhos artificiais ajudaram na preservação da espécie e se transformaram na “segunda casa” das aves.
(Foto: Carlos Ferreira / Divulgação)

Para mudar esse cenário, as dificuldades foram muitas. “Quando comecei esse trabalho não existiam técnicas para subir em árvores, para manusear as aves, eu não tinha uma equipe e também faltava dinheiro”.

Para chegar aos ninhos das araras azuis, que ficam a cerca de 15 metros de altura, equipes de biólogos usam técnicas de rapel. Foto: Carlos Ferreira / Divulgação)
Para chegar aos ninhos das araras azuis, que ficam a cerca de 15 metros de altura, equipes de biólogos usam técnicas de rapel.
(Foto: Carlos Ferreira / Divulgação)

Hoje, o projeto monitora e recupera aves e seus ninhos, promove atividades de educação ambiental e preservação, além de workshops sobre consciência ambiental, cidadania e geração de renda para a população local. Para ampliar os trabalhos, foi inaugurado neste mês em Campo Grande, com apoio da Fundação Toyota, o Centro de Sustentabilidade do Instituto Arara Azul, onde estudantes e pesquisadores poderão buscar informações e dados científicos.

Projeto existe há 24 anos no Pantanal do Mato Grosso do Sul e conta com o apoio da fundação Toyota do Brasil. Foto: Carlos Ferreira / Divulgação)
Projeto existe há 24 anos no Pantanal do Mato Grosso do Sul e conta com o apoio da fundação Toyota do Brasil.
(Foto: Carlos Ferreira / Divulgação)

A intenção do centro também é proporcionar um novo tipo de turismo na região, o de informação e observação das araras na cidade e no Pantanal, principalmente no período de reprodução. “A Fundação Toyota do Brasil, acreditando na seriedade do trabalho e dos profissionais envolvidos, investe no projeto para a multiplicação e perpetuidade dos ótimos resultados que têm sido apresentados”, diz Ricardo Bastos, diretor-presidente da fundação.

Fonte: Terra

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