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ESTADOS UNIDOS

Projeto piloto que cuida de gatos comunitários entra em vigor

27 de novembro de 2021
Vanessa Santos | Redação ANDA
3 min. de leitura
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Foto: Reprodução | Olhar Animal

A Prefeitura do condado de Summit, em Utah, nos Estados Unidos, deu permissão para que um projeto piloto de atenção a animais domésticos possa oferecer tratamentos, vacinas e abrigos temporários para gatos em situação de rua.

As ONGs de proteção animal Nuzzles and Co. e a Humane Society of Utah foram as responsáveis pela concepção do projeto que procura amenizar o impacto causado por gatos em situação de rua em Utah (EUA). Eles propuseram o plano como uma forma humana de controlar essas populações de gatos, bem como de esterilizar e vacinar os animais. O condado de Summit recebe em média 380 gatos por ano em seus abrigos de resgate.

A Câmera Legislativa de Utah aprovou em 2011 uma lei de proteção animal que autoriza os condados e as cidades a criarem ‘gatos comunitários’. Porém as leis do condado de Summit precisavam ser atualizadas para abranger projetos como esse, que prometem trazer um novo cenário nos cuidados com animais domésticos na região.

O projeto vai cuidar de gatos que não tenham tutores e que vivem pelas calçadas da cidade. Eles serão esterilizados, vacinados e microchipados. Os voluntários que quiserem se juntar à causa, podem ser pessoas comuns, grupos de resgate ou sociedades protetoras dos animais.

Os gatos terão um pequeno pedaço da ponta das orelhas cortado, para ajudar na identificação dos animais que fazem parte do programa por oficiais sanitários e de controle de zoonoses. O procedimento será realizado na hora da castração, quando o animal está sedado. A marcação vai ajudar na rápida identificação dos gatos que fazem parte do projeto, pelos órgãos de fiscalização competentes.

Após as intervenções, os gatos serão devolvidos para o lugar onde foram encontrados e destinados a um tutor comunitário, que vai  oferecer água, comida e acolhimento espontâneo ao animal. É possível cuidar de um só gato ou de colônias.

Os defensores indicam que o programa vai ajudar a diminuir as taxas de morte induzida e as lotações em abrigos, além de oferecer ambientes menos perigosos do que as ruas. O projeto, porém, apresenta falhas em relação a dois fatores. Primeiro, o reforço das vacinas, principalmente a antirrábica, que corre o risco de não conseguir ser acompanhado corretamente. E segundo, a morte de pássaros e pequenos animais selvagens que são ameaçados pelos gatos.

A intenção do condado de Summit em controlar a população de gatos domésticos exige que os cuidadores, que não são considerados os tutores oficiais dos animais, paguem uma taxa de licença de US$ 50 (cerca de R$300), para ampará-los.

Pessoas com histórico de abuso ou negligência contra animais são proibidas de fazer parte do projeto. O programa piloto segue vigente até 31 de dezembro de 2023.

Sobre a continuidade do projeto após a data limite do projeto piloto, a vice-prefeita da cidade, Janna Young, esclareceu em entrevista para um jornal local: “Vamos coletar dados durante as ações, avaliar e registrar antes que o prazo de vigência expire. Assim podemos definir o projeto final com base no que aprendemos durante os trabalhos”.

O programa que foi aprovado por unanimidade em 17 de novembro desse ano,  contou com a abstenção do presidente do conselho do condado, Glenn Wright. Ele justificou sua ausência na sessão a compromisso inadiável no dia do pleito. “Eu não votaria contra. Certamente quero ver como o plano piloto vai operar”, declarou.

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