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Projeto para preservar espécies de anfíbios é desenvolvido em Portugal

27 de julho de 2010
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Pequeno anfíbio em seu habitat (Foto: Paulo Ricca)

Um projeto ambiental para recuperar habitats de anfíbios, como sapos ou rãs, está sendo desenvolvido em Portugal para preservar estas espécies.

O habitat dos anfíbios está ameaçado devido à construção civil e à agricultura. O projeto do Centro de Investigação e Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO), da Universidade do Porto, tenta conservar e construir charcos para que estes animais sobrevivam e continuem a cumprir o seu papel na natureza.

“Os anfíbios têm uma grande importância nos ecossistemas porque fazem parte da dieta alimentar de muitas espécies” e o seu desaparecimento “iria impactar de forma bastante acentuada” toda a natureza, segundo José Teixeira, coordenador do projeto.

Por meio do projeto de conservação de anfíbios, estão sendo identificadas zonas degradadas importantes para estes animais que necessitam ser recuperadas.

O passo seguinte é “fazer alguns acordos com proprietários no sentido de proteger esses habitats e depois dinamizar os locais do ponto de vista da educação ambiental” para que as pessoas comecem a perceber a sua importância.

“Estamos identificando áreas onde possamos construir novos habitats para substituir aqueles que foram destruídos e identificar outros que possam ser preservados a médio e longo prazos, acima de tudo charcos ou lagoas, pequenas massas de água parada, importantes não só para anfíbios, mas também para outras espécies”, alguns répteis, aves aquáticas e plantas”, salientou José Teixeira.

“No Mindelo conhecemos a presença de 12 das 16 espécies de anfíbios que existem em Portugal”, referiu.

Nesta zona, são conhecidas entre 20 e 30 lagoas: “Não teremos capacidade para atuar em todas, vamos fazê-lo em três ou quatro. Estamos no processo de construção de uma lagoa e em conversações para mais uma ou duas”.

Em Portugal, existem duas espécies de anfíbios que estão ameaçadas: a salamandra-lusitânica e um tritão.

Este projeto prolonga-se por dois anos e depois será realizado um trabalho de monitoração para seguir a evolução dos locais com intervenção.

A iniciativa, com um orçamento entre 130 mil e 140 mil euros, tem alguns parceiros, como o Oceanário de Lisboa ou a Agência Portuguesa do Ambiente.

Fonte: Publico20

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