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Projeto de lei aumenta punição para quem maltratar animais no Piauí

28 de outubro de 2013
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Câmara Municipal de Teresina (Foto: Reprodução)
Câmara Municipal de Teresina (Foto: Reprodução)

A Câmara dos Deputados aprovou nesta semana o requerimento de urgência para o projeto de lei que criminaliza atos de crueldade contra animais. Com isso, a proposta pode ser votada diretamente no plenário da Casa, sem passar pela análise das comissões.

Ainda não há data marcada para a votação da proposta. De acordo com o projeto, podem ser punidos com até cinco anos de prisão quem maltratar, de forma intencional, cães e gatos.

Essa pena pode ser agravada se o crime for cometido com emprego de veneno, fogo, asfixia, espancamento, arrastamento, tortura ou outro meio cruel. O texto prevê ainda o dobro da pena se o crime for cometido por duas ou mais pessoas ou pelo responsável do animal.

Não há crime pela prática de assassinato para evitar sofrimento de animais. A discussão em torno de maus-tratos a animais ganhou importância nos últimos dias após ativistas resgatarem 178 beagles do Instituto Royal, em São Roque (SP).

Para Isabel Moura, da Apipa, a aprovação desse projeto surge como uma esperança para uma luta de anos, que vem sendo travada sem nenhum apoio parlamentar e de muitas instituições.

“Nós recebemos essa notícia com muita esperança e esperamos que esse projeto seja aprovado e que essa nova lei seja respeitada”, afirmou Isabel. Ela acrescentou que diariamente a Apipa recebe pelo menos cinco ligações de pessoas denunciado maus tratos a animais.

Hoje, a pena ao crime de maus-tratos aos animais é muito branda e vai três meses a um ano. Além disso, ativistas de Teresina afirmam que ela não é respeitada.

“A lei que temos hoje prever uma punição muito pequena para quem comete esses maus-tratos e além disso não funciona. Quando alguém vai à delegacia denunciar, são poucos os delegados que não ignoram a denúncia, mas enquanto isso, nossos animais são maltratados todos os dias”, pontuou.

Em julho deste ano, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) enxugou a antiga proposta, retirando a possibilidade de haver a criminalização de rodeios e de animais de criação, por exemplo.

Fonte: Meio Norte

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