Um projeto de Lei examina proibir cães e gatos na República Islâmica, a proposta aponta que esses animais são “perigosos” e “impuros”. A medida vem instaurar um modelo de intolerância das autoridades locais, que vem tentando se impor há alguns anos.
O anteprojeto enviado este mês ao Parlamento do Irã apresenta o seguinte trecho: “Os animais causam uma mudança gradual no estilo de vida iraniano e islâmico e substitui o amor e os laços sentimentais entre as pessoas pelo dos animais”.
O plano nomeado de “Lei de Proteção Pública contra os Animais Perigosos e Nocivos” propõe a proibição da “importação, reprodução, criação, venda ou transporte de animais perigosos e sujos”. Além do mais, a lei considera proibir a presença de animais domésticos em espaços públicos. Caso a norma seja aceita, quem a desobedecer será condenado a pagar uma multa no valor de até 30 vezes o salário mínimo do país, além da apreensão do animal.
Constam na lista de espécies proibidas, crocodilos, tartarugas, serpentes, camaleões, ratos, macacos, assim como cães, gatos e coelhos.
Nota da Redação: assumindo em posicionamento contrário as evidências científicas e destoando das conquistas jurídicas dos animais nos últimos anos em âmbito mundial, o Irã, escolhe o caminho da ignorância e imputa a sociedade à proibição de pequenos animais domésticos que são considerados membros da família pelos seus tutores. É notável também que isso deixa em situação de completa vulnerabilidade as populações de animais que vivem em situação de rua. A intolerância não pode mais ser uma opção.