Protocolada na última quarta (23) na Câmara dos Deputados, uma proposta legislativa defende a instalação de crematórios para animais em cidades com mais de 200 mil habitantes.
De autoria do deputado Paulo Bengtson (PTB-PA), o Projeto de Lei 5658/2019 destaca que a cremação deve ser disponibilizada para animais mortos encontrados em vias públicas e também para aqueles provenientes de estabelecimentos à saúde veterinária ou trazidos por tutores ou cuidadores.
“As cinzas recolhidas resultantes do tratamento térmico dos animais mortos serão disponibilizadas aos tutores que os trouxerem para cremação ou serão depositadas em locais adequados para esse fim”, informa o deputado.
Bengtson justifica que a exposição dos corpos de animais mortos em vias públicas é uma situação triste e ao mesmo tempo perigosa.
“Triste porque mostra o abandono desses animais; além do descaso de pessoas que os depositam em locais inadequados, como terrenos baldios ou que são simplesmente jogados em lixões. Perigosa porque favorece o crescimento de pragas urbanas, além de poder infectar outros animais de rua, e contaminar fontes de água e o lençol freático.”
O deputado defende que os crematórios podem se tornar um ponto de referência para a população quando forem encontrados animais mortos em vias públicas.
475 milhões de animais mortos nas estradas brasileiras em 2018
Aproximadamente 475 milhões de animais foram mortos nas estradas brasileiras em 2018. A estimativa do atropelômetro do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE) é de que 15 animais silvestres foram mortos por segundo, chegando a 1,3 milhão de mortes por dia. Os maiores índices de atropelamentos se concentram em rodovias federais de pista simples.
A região Sudeste responde pelo maior número de mortes de animais por atropelamento, seguida pelas regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste. Cerca de 430 milhões de vítimas são animais de pequeno porte. Os de médio porte correspondem a 40 milhões e os de grande porte a cinco milhões, segundo o CBEE.
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