A equipe responsável pela Enciclopédia da Vida (EOL), um projeto de catalogação de espécies com 940 mil páginas disponíveis na Internet, será premiada no próximo dia 28 de março pela Sociedade Geográfica Espanhola em Madri.
O diretor da EOL, Erik Mata, afirmou à Agência Efe que a premiação deste “ambicioso projeto” ajudará os cientistas de todo o mundo a participar e motivar suas respectivas instituições para colaborarem com o projeto.
“Vai ser muito importante para nos posicionar na Europa e, sobretudo, na Espanha. A premiação trará mais visibilidade ao projeto e poderá fazer com que o público em geral e os cientistas, um público muito importante, se interesse mais pela enciclopédia”, assinalou Mata.
Coordenado pela secretaria do Instituto Smithsonian em Washington, a pesquisa, que contou com mais de 200 centros de pesquisa e cientistas de todo o mundo, espera apresentar mais 1,9 milhões de itens catalogados em seu site (www.eol.org), um para cada espécie conhecida pela ciência.
Por enquanto, a pesquisa conta com mais de 700 mil páginas e mais de um milhão de imagens e vídeos em diferentes idiomas, todas validadas por cientistas.
A Sociedade Geográfica Espanhola assinala na concessão do prêmio que esta enciclopédia “é um exemplo de colaboração da comunidade científica internacional” apresentada em vários idiomas, como inglês, espanhol e árabe.
Além do prêmio, a EOL também deverá contar com a colaboração do Real Jardim Botânico de Madri e da Universidade de Granada, que devem fornecer algumas de suas bases de dados digitalizados.
Desta maneira, a enciclopédia aumenta sua dimensão de conteúdo todos os dias e também caminha para novas direções, como a ideia de se tornar um aplicativo gratuito. Este projeto seria elaborado em parceria com a iNaturalist para facilitar o acesso dessa experiência de “ciência cidadã”.
A enciclopédia, que conta com mais de 900 mil páginas, também conta com o respaldo da chamada Biblioteca da Biodiversidade, que conta com 35 milhões de documentos digitalizados, entre eles os 330 volumes da biblioteca de Charles Darwin.
Fonte: Terra