Reconhecido internacionalmente, o projeto Arara Azul já comemora 20 anos de existência. A bióloga e pesquisadora da Universidade Anhanguera-Uniderp, Neiva Guedes, é a idealizadora do projeto e iniciou os trabalhos, em 1989, ao tomar conhecimento de que as araras-azuis eram animais ameaçados de extinção. A ação pela conservação da espécie já resultou em importantes prêmios e foi noticiada pelo mundo.
“É gratificante ver as araras crescendo e saber que o esse trabalho tem credibilidade internacional”, comemora Neiva, lembrando, porém, que o ideal seria o projeto Arara Azul contar com recursos em longo prazo. “O grande problema é que ainda não há recursos garantidos para poder planejar ações, por exemplo, para daqui três anos”, comenta.
O projeto Arara Azul compreende o acompanhamento das araras na natureza, o monitoramento de ninhos naturais e artificiais numa área de mais de 400 mil hectares, além do trabalho, em conjunto com proprietários locais, visando à conservação da espécie.
Conforme Neiva Guedes, a situação da arara-azul na natureza só começou a mudar em 1990, quando foram iniciados os primeiros estudos da espécie no Pantanal Sul-mato-grossense. “Hoje elas têm uma possibilidade concreta de conservação graças aos trabalhos científicos e de conscientização realizados pela equipe de pesquisadores e educadores do Projeto Arara Azul com os proprietários de fazenda, população local e turistas que visitam o Pantanal”, ressalta.
A arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus) pode ser encontrada no Pantanal e em outras regiões do Brasil. Ameaçada de extinção, ela se destaca nesse cenário não só pela sua beleza, mas por ser a maior do mundo: aproximadamente um metro da ponta do bico à cauda e cerca de 1,3 quilo de peso. Por causa da captura ilegal para atender à demanda do comércio nacional e internacional, da descaracterização do seu hábitat e da coleta de penas para adornos indígenas e carnavalescos, tornou-se uma espécie ameaçada de extinção.
Atualmente, além da Universidade Anhanguera-Uniderp, são parceiros e patrocinadores do projeto as empresas e instituições: Toyota do Brasil, Fundação Toyota do Brasil, R.E.Caiman, Pousada Araraúna, Parrots International, Teresa Bracher, Br Tintas e Pousada Xaraes.
Fonte: MS NOTÍCIAS