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Projeto abriga animais domésticos e silvestres em Belo Horizonte (MG)

26 de setembro de 2013
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Um sítio situado em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, virou um grande abrigo onde animais maltratados têm a chance de uma vida digna, apesar das feridas, tudo graças a uma Organização Não Governamental (ONG) chamada Bem Viver, construída por um veterinário e uma empresária, pessoas que uniram forças para salvar e abrigar bichos que foram abandonados.

O projeto surgiu a partir de sonhos parecidos. A empresária Luciana Andrade já realizava trabalho com cães abandonados e animais domésticos, e tinha o intuito de montar uma ONG com o mesmo objetivo. “ Quando conheci o Felipe, fiquei sabendo a história dos animais silvestres, como que funciona, eu quis abraçar essa causa”, conta. O veterinário Felipe, então, se uniu à Fernanda para elaborar o estatuto da ONG, com objetivos que seriam mais abrangentes, envolvendo animais domésticos e silvestres.

O sitio resgata cães e gatos em situação de abandono, castra, vacina e libera para adoção. Além disso, a ONG também atende bichos resgatados pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). De acordo com Luciana, em Betim existem mais de 3 mil cachorros abandonados na cidade. “O nível do ser humano me espanta muito. A gente vê coisas que as pessoas são capazes de fazer com os animais, tão indefesos, às vezes tão dóceis, que é espantoso”.

Além de cachorros e gatos, existem outros bichos que preenchem os cativeiros do sítio. Muitos deles chegara em situações que comprometeram a reintegração dos animais à natureza. É o caso do tucano-toco, que teve uma asa fraturada, e o papagaio que chegou com os olhos perfurados, tática usada para amansar o pássaro. O lobo-guará foi atropelado e teve uma das patas amputadas antes de ir para a ONG. O sítio também abriga duas onças, uma parda e outra pintada, ambas sem chances de reintegração no habitat natural, tendo que viver o resto da vida no abrigo.

Segundo Felipe, as instituições geralmente não querem receber esses animais, porque eles exigem um manejo diferenciado. “Eu não acho justo que eles não tenham direito de ter uma vida digna. Então eu aceito porque eu tento oferecer a melhor qualidade de vida depois de ele ter recebido um agressão causada por um ser humano”, diz.

Fonte: G1

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