A iniciativa “Proteger os Golfinhos tem um orçamento de 15 mil euros.
A Escola de Mar vai estar a sensibilizar, entre os meses de julho e setembro, os utilizadores do Estuário do Sado, no âmbito do projeto “Proteger os Golfinhos”, divulgado hoje.
De acordo com João Madeira, administrador da Troia-Natura, sociedade detida pela Sonae Turismo e promotora da iniciativa, em parceria com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, o objetivo do projeto é alertar as pessoas para “o tipo de comportamento que devem adotar, o que é que devem fazer, qual é, por exemplo, a distância de aproximação que devem ter perante os golfinhos”, ou seja, “todo o tipo de atitudes que devem ter”.
Serão distribuídos panfletos informativos na zona e haverá uma embarcação identificada a circular no estuário cinco horas por dia, de quarta-feira a domingo, e com uma tripulação que abordará outras embarcações que estejam a observar golfinhos.
A tripulação irá não só prestar informações, como comunicar situações irregulares.
No caso de identificarem situações que possam ser menos corretas, estejam a causas perturbações ou a pôr em causa a população de roazes, as pessoas devem alertar as entidades competentes.
“O perigo maior para a espécie são as aproximações em demasia à colónia, ou seja, os golfinhos não têm qualquer problema em serem observados, mas é evidente que temos que preservar a distância, quer porque os próprios golfinhos podem fazer movimentos e podem dirigir-se às embarcações. Pode haver problemas de contato e eles serem de alguma forma magoados por isso”, explicou João Madeira à Lusa.
Atualmente, há 27 golfinhos identificados no Estuário do Sado, “mas é sempre um número que pode variar”, segundo o responsável.
“No ano passado, pela primeira vez, detetou-se um elemento que não era conhecido, que veio do exterior e que se juntou à população”, acrescentou.
A situação inversa também pode acontecer, na medida em que alguns elementos desta colónia por vezes desaparecem, mas depois retornam.
A Escola de Mar é uma organização privada que tem como objetivo estudar, sensibilizar e divulgar conhecimentos sobre o meio marinho e a ligação entre terra e mar, tendo já realizado alguns estudos no Estuário do Sado relativamente à população de golfinhos.
A Troia-Natura investiu desde 2010 mais de 380 mil euros em ações de conservação e monitorização ambiental no Estuário do Tejo e “cerca de 95% deste orçamento é relacionado com os roazes do Sado”.
*Esta notícia foi escrita, originalmente, em português europeu e foi mantida em seus padrões linguísticos e ortográficos, em respeito a nossos leitores.
Fonte: I Online