O Reino Unido pode impor a proibição da exportação de animais vivos para abate após sair da União Europeia (UE), de acordo com o secretário do Meio Ambiente Michael Gove.
A secretária de meio ambiente lançou uma consulta sobre a proibição e pediu aos especialistas do setor e aos ativistas que enviem evidências, visando introduzir altos padrões de bem-estar para o transporte de animais vivos.
O partido trabalhista categorizou o anúncio de “fraco” e quer uma ação mais forte. O National Farmers ‘Union (União Nacional dos Fazendeiros) estima que até 20 mil ovelhas vivas foram exportadas para a Europa em 2017. A exportação de animais vivos conta apenas para uma pequena porção do comércio de 2,4 bilhões de libras esterlinas do Reino Unido em carne e produtos animais com a UE.
Lançando a proposta, Gove disse que o Reino Unido já tinha alguns dos mais altos padrões de bem-estar animal no mundo, e que o governo estava comprometido com a promessa de melhorá-los ainda mais. “Todos os animais merecem receber o respeito e cuidado que merecem em todas as fases de suas vida”, reforçou o secretário.
“Estou interessado em ouvir da indústria, autoridades e instituições de caridade sobre todas as opções possíveis e evidências sobre esta questão vital.”
Mas a secretária de meio-ambiente do Partido Trabalhista, Sue Hayman, disse que a consulta não foi longe o suficiente. O BBC anunciou que Sue disse que “este anúncio fraco é apenas um pedido de provas, e é o último de uma série de tentativas desesperadas dos conservadores para se mostrarem amigos dos animais”.
“No ano passado, o Partido Conservador apoiou a votação livre para permitir a volta da caça às raposas. Nosso plano [do Partido Trabalhista] vai muito além e propõe a proibição de exportações vivas para abate ou engorda”, denunciou Sue.