Uma cadeia de laboratórios onde são criados animais para a pesquisa médica pode proibir a presença de ativistas com “roupas ensanguentadas” fora de seus escritórios.
Manifestações foram realizadas em quatro locais dos Laboratórios Harlan, no Reino Unido, em Sawtry Way, Wyton, Cambridgeshire e outros três em Leicester, Oxfordshire e Derbyshire.
Os protestos da Aliança Nacional Anti Vivissecção (NAVA), apoiados pela SHAC (Stop Huntingdon Animal Cruelty – “Pare a Crueldade com Animais em Huntingdon”), começaram em abril, e nelas se pode ver vários ativistas com trajes que simulavam estar manchados com sangue, o que dizem representar a “matança” dos animais.
Mas estes protestos foram restringidos por uma ordem judicial no mês passado. Esta ordem limitava os protestos a um por semana e limitou o número de pessoas que poderiam participar a 20. Também proibiu que manifestantes usassem roupas “manchadas de sangue”.
Tim Lawson-Cruttenden, dos Laboratórios Harlon, assegurou que vários funcionários tiveram de enfrentar a ativistas cobertos com roupas ensanguentadas que pretendiam intimidá-los. Também assegurou que: “Quando levam roupas com sangue ao lado de nosso escritório estão chamando nossos trabalhadores abusadores de animais”.
Luje Steele, um porta-voz da NAVA, disse ao juiz que “a roupa manchada de sangue representa o fato de que o laboratório Harlan está relacionado com a matança de animais e o fornecimento de animais para experimentação médica”.
A juíza Nicola Davies decidiu manter a proibição até que se realize uma audiência plena do caso, prevista para outubro. Apesar disso, “relaxou” outras restrições sobre os protestos, aumentando o número de manifestantes permitidos até 25 e fazendo com que em vez de duas horas, possa durar até três. Também deu permissão para 100 ativistas realizarem um protesto em 27 de agosto contra instalações do Harlan em Wyton.
Fonte: Indymedia