A realização de feiras para venda de cães e gatos em praças, ruas, parques ou estabelecimentos não regulamentados deverá ser proibida, de acordo com projeto da vereadora Maria Teresa Paolicchi (PSC), aprovado em duas votações na sessão quarta-feira, 28. Para que se torne lei, a proposta deve ser sancionada pelo prefeito.

“Nessas feiras, geralmente os animais ficam expostos ao sol, em gaiolas, muitos sequer estão vacinados. Queremos proibir isso”, afirmou a autora, lembrando ocasião em que adquiriu um cachorro em uma feira, e o animal morreu em menos de uma semana. “Depois, fomos saber quem ele nem era da raça que o criador falou que era.”

Maria Teresa esclareceu que a proibição não se estende a feiras promovidas para adoção de cães e gatos. “Mas não naqueles casos em que são dados peixinhos em saquinhos ou pintinhos para crianças. Isso é um erro”, ponderou.

Presidente da Comissão de Justiça, Chico Saad (PMDB) explicou que a comissão está deixando a proposta tramitar, mesmo com indício de vício de iniciativa, pela relevância. “Naquele afã de proteger os animais, a gente aprova leis que são radicais.”

Orestes Vanone (PSDB) destacou a importância da proposta, mas manifestou preocupação com aqueles que vivem do comércio de animais. “Há pessoas que vivem da comercialização de cães e gatos de raça. Fico preocupado se ninguém mais puder comercializar.”

Rodson Lima (PP) frisou a necessidade de conscientização sobre a guarda responsável de animais. “É bom que você, ao comprar um cachorrinho, não se esqueça de que ele vai virar um cachorrão, vai ficar velho e dar despesas. Muitas vezes, as pessoas querem se desvencilhar do animal depois que ele envelhece.” Ele sugeriu a realização de projeto de castração de cães e gatos em bairros.

Fonte: Diário de Taubaté