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Proibição das touradas volta à discussão em Assembleia de Portugal

27 de junho de 2011
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Divulgação

A Assembleia Regional dos Açores, em Portugal, decidiu transformar em petição as centenas de mensagens eletrônicas de protesto que recebeu a propósito da realização de uma tourada à corda no dia dos Açores.

As mensagens eletrônicas, enviadas de vários países, contestam a realização da tourada argumentando que o Estado está subvertendo o seu papel ao financiar tal atividade.

Os peticionários dizem que as touradas prejudicam a imagem do destino turístico Açores e pedem aos deputados para manifestarem o seu repúdio  pela inclusão de uma tourada à corda nas comemorações do dia dos Açores, realizadas na Praia da Vitória.

A contestação à realização de uma tourada na ilha Terceira, aquando das comemorações do Dia dos Açores, vai levar a Assembleia Legislativa a discutir o assunto em plenário, e após os deputados terem recebido 384 emails de protesto.

Segundo o site da Assembleia Regional, a Assembleia Legislativa dos Açores decidiu transformar em petição um conjunto de mails enviados aos deputados, em protesto contra a realização do espetáculo tauromáquico realizado dia 13 de junho.

As caixas de correio eletrônico dos 57 deputados açorianos, e dos grupos parlamentares que representam (PS, PSD, CDS, BE, PCP e PPM), foram inundadas de mails reencaminhados por vários cidadãos, desagradados com o fato do Governo e do parlamento regional terem organizado uma tourada à corda no Dia dos Açores, comemorado a 13 de junho na Praia da Vitória.

No total, a Assembleia Legislativa dos Açores contabilizou 384 mails enviados de vários países e por diferentes pessoas, mas com o conteúdo muito semelhante, a contestar a organização de um espetáculo tauromáquico no Dia da Região.

Os subscritores, entretanto identificados pelos serviços da Assembleia, vão ver o assunto analisado no Parlamento, como se de uma petição formal se tratasse.

No documento enviado aos deputados, e agora disponível no site da Assembleia Regional, na internet (www.alra.pt), os contestatários entendem que, ao organizar uma tourada, “o Estado está a subverter o seu papel”, nomeadamente “promovendo e instigando a violência e a discriminação”, e também ao “fomentar a discórdia e a desunião entre os açorianos”.

Os peticionários alegam também não fazer sentido a Região “esbanjar dinheiro público” num espetáculo, que é cada vez mais contestado pelas pessoas, e lamentam que os Açores, considerado um destino turístico de excelência, esteja a “pactuar” com atividades que prejudicam a sua imagem no exterior.

A tourada à corda é uma tradição de longa data na ilha Terceira (onde se realizaram as cerimónias do Dia dos Açores este ano), mas é um espetáculo que não tem expressão na maioria das restantes nove ilhas do arquipélago.

Fonte: RTP e DD

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