Esta informação foi divulgada pela filial de Amur do Fundo Mundial para a Natureza, WWF, da Rússia.
Foi tomada a decisão de prorrogar a realização do projeto. Antes disso, o governo da Federação Russa aprovou a Estratégia de Preservação de Espécies Raras ou em Perigo de Extinção na Rússia”, a realizar até 2030.
O aumento do número de tigres de Amur é um grande êxito dos trabalhadores do Parque Nacional, situado no território de Khabarovsk. Nesta região habita o grupo mais setentrional destes felinos. Até há pouco o seu número total não ultrapassava vinte.
A tarefa consiste em pelo menos duplicar até o ano de 2020 a população de tigres. Já foram registrados êxitos, – constata Stepan Kirillin, colaborador do parque nacional Anyuiski:
“Existem setores-modelo em que todos os anos se faz a monitoração. A área de um setor-modelo é cerca de 210 mil hectares. No primeiro ano da nossa atividade foram registrados três tigres. Agora no território do parque estão registrados dez animais. Com efeito, verifica-se o aumento do número destes animais, – em primeiro lugar porque um grande território está agora sob proteção e durante todo o ano, pessoas estranhas não podem entrar nesta zona. Isto é, foi criada uma certa zona de tranquilidade. Além disso, o parque nacional cuida logo desde o primeiro ano da sua existência da biotecnia, isto é, proporciona o alimento complementar aos ungulados, que servem de alimento para os tigres”.
O projeto Tigre do Norte teve êxito graças à atitude que abarca na solução do problema vários métodos de preservação e de restabelecimento de espécies raras de animais. No Livro Vermelho da Rússia constam agora 413 espécies de animais. Além disso, em mais de 70 divisões federais do país existem Livros Vermelhos regionais. Todos os animais que constam nestas listas foram excluídos da atividade econômica. Para muitos deles foram desenvolvidos programas de proteção e de aumento do seu número.
Os serviços de combate à caça tem desempenhado um papel positivo também, – constata Natalia Dronova, coordenadora dos projetos do Fundo Mundial para a Natureza:
“No ano passado foi endurecida a responsabilidade pela caça, transporte e conservação de espécies raras de animais ou das partes dos seus corpos. Por exemplo, anteriormente um caçador furtivo podia ser chamado à responsabilidade somente quando era apanhado em flagrante na floresta. Mas agora ele pode ser preso também por transportar a pele de animais protegidos. Isto também ajuda a preservar as espécies raras”.
Em resultado disso a Rússia tem hoje de que se orgulhar no plano de preservação e multiplicação de espécies de animais selvagens, – diz a ecologista Natalia Dronova.
“O projeto relativo aos bisões teve pleno êxito. Houve épocas em que na Rússia este animal estava totalmente extinto. Mas se conseguiu criar populações de bisões vivendo em liberdade na parte europeia da Rússia e no Cáucaso, mediante a introdução na natureza de animais criados em dois viveiros. Agora o número total destes animais chega aproximadamente a 450 espécimes”.
A Estratégia de Proteção de Espécies Raras aprovada este ano não se trata apenas da criação de viveiros e de parques nacionais. Uma grande atenção é dedicada a medidas que impeçam a exploração não sustentável de animais e plantas, de maneira a que estes não venham a tornar-se raros.
Fonte: Diário da Rússia