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SÃO PAULO (SP)

Professora da USP sofre ameaça ao ao denunciar remoção de árvores com colônias de abelhas protegidas por lei

14 de junho de 2025
Redação ANDA
4 min. de leitura
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Foto: Reprodução| Instagram

A médica e professora Thais Mauad, livre-docente da Faculdade de Medicina da USP e ambientalista, foi alvo de hostilidade e ameaças ao presenciar a remoção de duas árvores pela Prefeitura de São Paulo (SP). O corte, realizado sem qualquer cuidado com as colônias de abelhas jataí que habitavam os troncos, chamou a atenção pela negligência. As abelhas jataí, uma espécie nativa e sem ferrão, são protegidas por lei devido à sua importância ecológica.

A professora, indignada com o descaso, registrava o ocorrido com seu celular quando foi ameaçada por funcionários envolvidos na remoção. No vídeo, é possível ouvir um homem gritar de forma agressiva, afirmando que quebraria o aparelho caso ela continuasse filmando. A cena, marcada pela violência verbal, expôs não apenas a falta de diálogo, mas também um total desrespeito à legislação ambiental e aos direitos da professora enquanto cidadã e defensora do meio ambiente.

“Ao defender o meio ambiente, a professora Thais cumpriu um papel essencial para a cidade e para o planeta. A reação que ela enfrentou é inadmissível. Nenhuma mulher, independentemente de sua posição, deve ser submetida a esse tipo de violência, e nenhum ser vivo protegido por lei deve ser tratado como estorvo”, declarou uma colega da USP, que se solidarizou com o caso.

A remoção de árvores e a destruição das colônias de abelhas destacam uma questão maior: o descaso com a vida e com o cumprimento das leis ambientais. As abelhas nativas sem ferrão, como a jataí, desempenham um papel crucial na polinização e na manutenção da biodiversidade. Sua proteção não é apenas uma questão legal, mas também ecológica.

Thais recebeu apoio de diversos setores da sociedade, incluindo ambientalistas, acadêmicos e organizações jurídicas, que se colocaram à disposição para prestar assistência no caso de medidas legais contra as agressões e a negligência observadas.

O incidente reacende o debate sobre a importância de políticas públicas que respeitem o meio ambiente e sobre a necessidade de treinamentos adequados para servidores públicos em práticas ambientalmente corretas e no trato com a população.

Veja o vídeo:

 

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