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MAUS-TRATOS

Professor provoca parada respiratória em cão durante aula de medicina veterinária no Rio Grande do Norte

Conselho Regional de Medicina Veterinária do RN (CRMV-RN) informou que está investigando o caso

28 de abril de 2025
Júlia Zanluchi
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução

Um vídeo que mostra um professor convidado do curso de Medicina Veterinária da Universidade Potiguar (UnP) provocando cruelmente uma parada respiratória em um cachorro durante uma aula prática em Mossoró (RN) viralizou nas redes sociais. Na gravação, feita na sexta-feira (25/04), o homem afirma: “Eu apliquei uma medicação, eu provoquei uma parada respiratória nele só para poder mostrar para vocês”.

A universidade, em nota, afirmou que o docente não integra seu quadro permanente e que abriu uma apuração interna, repudiando “qualquer prática que configure maus-tratos aos animais”. Já o Conselho Regional de Medicina Veterinária do RN (CRMV-RN) informou que está investigando o caso, reafirmando seu “compromisso com a ética profissional e a defesa do bem-estar animal”.

O médico-veterinário identificado como Saul Dias Cortez negou à imprensa que tenha induzido a parada respiratória no animal, alegando que o cão foi apenas sedado e não sofreu complicações. “Ele não teve nenhuma sequela. Não foi feito nenhum procedimento de reanimação”, declarou. No entanto, não explicou por que, no vídeo, afirmou ter provocado a parada.

Cortez também afirmou que a universidade estava ciente do uso do animal na aula, o que levanta questionamentos sobre a fiscalização de práticas pedagógicas envolvendo animais.

A comoção nas redes sociais levou a Comissão de Meio Ambiente e Proteção Animal da Câmara Municipal de Mossoró a se reunir com representantes de ONGs de defesa animal.

A normalização de procedimentos invasivos em animais para fins didáticos é um absurdo, especialmente quando alternativas como simuladores e softwares já estão disponíveis.

A UnP afirmou que, após a conclusão da apuração, adotará “todas as medidas cabíveis”, reiterando seu compromisso com “o respeito à vida animal”. Enquanto isso, aguardamos respostas concretas sobre o destino do cachorro e as sanções ao profissional envolvido.

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