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Produtos à base de tubarão deixam de ser vendidos

25 de janeiro de 2012
2 min. de leitura
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(Foto: Divulgação)

De ameaçadores nas telas do cinema – retratados como ferozes predadores no filme de Steven Spielberg –, os tubarões hoje são vítimas de massacres apenas por uma sopa ou por um pequeno pingente feito com os seus dentes. Assim como no resto do mundo, estes animais também estão desaparecendo de forma acelerada nas águas brasileiras, causando danos graves ao ambientes marinhos, ameaçando a pesca e empobrecendo o mergulho recreativo.

A fim de não contribuir mais com a matança destes bichos, desde o dia 1º de janeiro, a rede Mundo Verde suspendeu a venda de produtos derivados de tubarão em todas as suas lojas.

“Após estudos e avaliações, a empresa concluiu que as práticas para a obtenção da substância, por meio da mortandade sem controle e insustentável de tubarões, em todo o Planeta, são totalmente contrárias aos propósitos da rede Mundo Verde”, resume o diretor de Marketing da empresa, Donato Ramos.

A decisão tem por base estudos apresentados pelo Projeto Divers For Shark (Movimento Mundial em prol da Defesa dos Tubarões) e avaliação do Projeto de Lei em trâmite no Ministério do Meio Ambiente, que prevê a proibição de quaisquer produtos que contenha insumos de origem de animais em extinção.

“A Mundo Verde será a primeira empresa a apoiar o Movimento Divers For Shark – fundado em Janeiro de 2010 pelo instrutor de mergulho Paulo Guilherme Cavalcanti, mais conhecido como “Pinguim” e pelo escritor e ecologista José Truda Palazzo.

É uma iniciativa que está mobilizando a comunidade global de mergulho e simpatizantes para impedir a extinção dos tubarões”, afirma Ramos. “Acreditamos que esse movimento será de grande expressão nacional, até mesmo global; e que a nossa participação pioneira irá reforçar o propósito da marca Mundo Verde e conscientizar nossos clientes sobre o risco de extinção das espécies de tubarões”, acrescenta.

As restrições à captura dos tubarões no Brasil são praticamente inexistentes, além de não haver áreas protegidas para tubarões onde sua pesca seja efetivamente proibida. “Existe um comércio internacional bilionário e clandestino de barbatanas de tubarão no Brasil, onde a matança criminosa é generalizada, o que correspondem a centenas de milhares de animais mutilados”, informa.

Fonte: Diário do Nordeste

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