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Produto tóxico contamina lagoa de parques de Americana (SP)

15 de fevereiro de 2010
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O despejo de um produto tóxico derivado de petróleo nas galerias de águas pluviais do Residencial Terramérica contaminaram o Jardim Botânico e o Parque Ecológico Cid Almeida Franco, em Americana (SP). Estima-se que 10 mil litros da substância viscosa, de cor escura e odor forte, tenham atingido as lagoas. O desastre ambiental é o pior dos últimos seis anos, de acordo com a Prefeitura. Houve mortandade de peixes, além de contaminação do Córrego do Parque e do Ribeirão Quilombo.

Uma força-tarefa foi montada pela Secretaria de Meio Ambiente, Sosu (Secretaria de Obras e Serviços Urbanos), DAE (Departamento de Água e Esgoto), Polícia Militar Ambiental e Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) para implantar medidas emergenciais. Conter o vazamento do produto era o objetivo das autoridades e para isso vários caminhões, máquinas e um grande contingente foram acionados para construir uma bacia de contenção.

Análises feitas no local do despejo demonstraram que o crime ambiental ocorreu entre a madrugada e a manhã de domingo (14). Uma das ruas mais desabitadas do Terramérica, onde não existem casas e o mato alto toma conta dos terrenos, foi o local escolhido pelo criminoso. A Polícia Ambiental e o GPA (Grupo de Proteção Ambiental) não conseguiram identificar os autores do crime.

Nas ruas do residencial, muitas marcas de pneus de caminhão podiam ser vistas no asfalto em razão de os autores do despejo terem passado por cima do produto que se assemelha ao piche. “Com certeza os criminosos fizeram duas ou três viagens para despejar todo esse produto que nós calculamos em cerca de 10 mil litros”, disse o chefe da Divisão de Qualidade, Meio Ambiente e Saúde do DAE, biólogo Carlos César Zappia.

Bacia de contenção

O descarte do material descrito pelo secretário de Meio Ambiente, Jonas Santarosa, como sendo um “desengraxante” à base de substância derivada de petróleo com presença de solvente, ocorreu a cerca de 400 metros da bacia de contenção construída pelo empreendedores do Terramérica para conter a água de chuva.

O guarda municipal do GPA Reginaldo Costa explicou que a substância escorreu pela rede de galeria até atingir a bacia de contenção, que fica às margens da SP-304 (Rodovia Luiz de Queiroz). A bacia tem ligação com o sistema de drenagem que deságua no Jardim Botânico e no Parque Ecológico.

Na bacia de contenção se formaram poças de material tóxico. Para isolar a área contaminada da caixa de saída que liga ao Botânico e ao Parque foi usada uma manta plástica. Uma retroescavadeira abriu um canal para conter o produto e caminhões de areia foram usados para cessar o despejo.

A terra contaminada será removida e analisada para verificar qual o destino a ser dado. O DAE coletou amostras da substância para análise.

O Parque Ecológico não conseguiu ontem dimensionar a mortandade de peixes.

Com informações de O Liberal

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