De acordo com informações do Sindicato das Indústrias de Laticínios de Mato Grosso do Sul (Silemes), a produção de leite no estado já caiu 47% em relação aos últimos cinco anos. Problemas na cadeia produtiva, impostos e baixo preço do produto são apontados como principais causas. Em 2013, a produção leiteira do estado era de 197,560 milhões enquanto que em 2018 o total caiu para 104,356 milhões.
E a falta de perspectiva para o setor não diz respeito apenas ao Mato Grosso do Sul, que é um dos maiores produtores de leite do país. Segundo a Embrapa, em 2018 o Brasil registrou crescimento de 0% na produção leiteira. O setor passou e continua passando por um período de estagnação e queda – com o Brasil registrando volumes anuais de produção bem inferiores àqueles registrados em 2014.
Além disso, foram registradas mudanças nos hábitos de consumo. Segundo pesquisa realizada pela Kantar Worldpanel, o leite UHT deixou de entrar na residência de pelo menos 611 mil famílias brasileiras em 2018. E o crescente interesse por alternativas livres de lactose e não lácteas tem beneficiado quem está investindo em um mercado que prioriza ingredientes de origem vegetal.
Prova disso é que o mercado brasileiro de alternativas aos laticínios cresceu 51,5% em 2018, e ofertas à base de soja, arroz, aveia, coco e amêndoas lideraram uma movimentação de R$ 545 milhões, segundo a empresa global de consultoria Euromonitor International.
E esse mercado deve continuar surpreendendo. A previsão é de crescimento global de mais de 40% até 2023, segundo a ResearchandMarkets. Há também uma previsão de que os iogurtes à base de vegetais podem superar os iogurtes lácteos a partir de 2025, pelo menos na América do Norte, segundo relatório da Data Bridge Market Research (DBMR), que considera em proporcionalidade a queda no consumo de laticínios e o crescimento da procura e da oferta por alternativas baseadas em vegetais.
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