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Produção de filme no RJ oferece só comida vegana no set

9 de março de 2020
3 min. de leitura
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Justificativa da cineasta Josy Antunes é que o seu posicionamento e visão política sobre consumo de produtos de origem animal não poderiam ficar de fora das gravações


A cineasta vegana baixadense Josy Antunes, que está gravando o filme “@predioposto13 – Meu Nome é União”, rodado na cidade de Nova Iguaçu (RJ), informou esta semana que no set está sendo oferecida somente comida vegana aos 27 profissionais da equipe.

Documentário narra histórias envolvendo o antigo Hotel União, uma referência histórica de Nova Iguaçu (Foto: Azis Gabriel/Divulgação)

A justificativa de Josy é que o seu posicionamento e visão política sobre o consumo de produtos de origem animal não poderiam ficar de fora das gravações.

“Este ano completa cinco anos que sou vegana, mas antes de ser, não comia carne vermelha, então essa é uma questão que sempre me causou um pouco de transtorno desde que comecei trabalhar com cinema”, conta.

Apoio ao empreendedorismo de mulheres da periferia

A alimentação da equipe está a cargo da Vegui Delícias, um negócio de família de São João do Meriti, também na Baixada Fluminense, já que o empreendedorismo de mulheres da periferia é importante para a equipe que está produzindo o documentário.

“Acredito que a produção está correta e coerente com o que acredito e como esse projeto é o primeiro que estou tendo a oportunidade de tomar decisões, estou escolhendo tudo como quero e acredito. Coloquei essa questão para a equipe e expliquei que é a minha religião, mas ninguém se incomodou. Vai ter no set alimentação vegana e os carnistas que lutem”, brinca.

Experiências pessoais envolvendo o histórico Hotel União

Neste domingo (8) a equipe conclui a coleta de depoimentos voluntários e espontâneos no antigo e histórico Hotel União, que é tema do filme. Localizado às margens da Rodovia Presidente Dutra, KM 175, em Nova Iguaçu, o prédio de cinco andares, em desuso há mais de 20 anos, chama atenção por sua relação tão familiar e tão desconhecida com quem vive ou passa regularmente pela região.

Um dos objetivos do documentário de longa-metragem também é promover uma mobilização que faça com que o prédio azul “tatuado” com camadas do xarpi carioca, e que é parte da história da cidade, se torne um polo cultural de linguagens artísticas para atender a comunidade da Baixada Fluminense.

Para a realização do filme, a equipe criou uma campanha de financiamento coletivo. Para contribuir – clique aqui.

Saiba Mais

A história de Josy Antunes com o cinema começou aos 17 anos, quando ele participava de oficinas de cinema em Nova Iguaçu.


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