O processo de desertificação é uma consequência de um grave processo de degradação contínua de ecossistemas secos. Ela ocorre exclusivamente em regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas do planeta.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 75% das terras do mundo ficaram mais secas nas últimas décadas. Isso representa mais de 4,3 milhões de quilômetros quadrados, uma área quase um terço maior que o território da Índia, o sétimo maior país do mundo.
Atividade humana está acelerando desertificação
De acordo com os cientistas, a grande maioria dessas terras passou de paisagens úmidas para a seca, gerando grandes impactos para a agropecuária e ecossistema. Este processo é resultado de fatores naturais, mas principalmente pela atividade humana.
A desertificação é intensificada por fatores como o desmatamento, a superexploração pela agropecuária, o manejo inadequado do solo e dos recursos hídricos, a urbanização e outros fatores que expõem o território e terminam por enfraquecê-lo.
E a previsão para o futuro não é nada boa. Até 2050, três em cada quatro pessoas em todo o mundo (cerca de 7,5 bilhões de pessoas) sentirão os impactos da seca. Além disso, o aumento de temperaturas, a superexposição e lavagem de nutrientes do solo, obstáculos ao cultivo e cuidado da cobertura vegetal são outras consequências ocasionadas pela desertificação nos territórios afetados.
Brasil é um dos países mais atingidos
- No Brasil, uma das áreas mais afetadas é a região do território nordestino, os chamados “núcleos de desertificação”, onde o fenômeno pode ser mais acentuado.
- São eles: Seridó (RN/PB), Cariris Velhos (PB), Inhamuns (CE), Gilbués (PI), Sertão Central (PE), Sertão do São Francisco (BA).
- Segundo o Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a desertificação se intensificou no Nordeste durante a última década e a principal causa disso é o desflorestamento da região.
- A solução, segundo os cientistas, é reduzir a desertificação, além de adotar medidas para garantir o uso apropriado do solo através da agricultura familiar.
- As informações são do Jornal da USP.
Fonte: Olhar Digital